Futuro do planeta e contribuição da América Latina para um mundo sustentável é tema de simpósio do PPGDR
Ainda buscando fazer um balanço e entender o legado da Conferência do Clima (COP 30), recém-realizada em Belém (PA), e ao mesmo tempo apontando sugestões para o futuro do planeta, o Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) iniciou, na manhã desta segunda-feira (1º), o 3º Seminário Internacional Clima, Recursos Hídricos e Planejamento (SINCREP).
O evento reúne estudantes, professores(as) e pesquisadores(as) do programa e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), debatendo entre outros temas o futuro do planeta e a contribuição que a América Latina pode dar para um mundo sustentável. Cerca de 80 pessoas estão inscritas no seminário.
Em sua 3ª edição, o Seminário Internacional Clima conta com a participação do professor Facundo Rojas, da Universidad Nacional de Cuyo (Argentina), da professora Katherinne Giselle Mora Pacheco da Pontificia Universidad Javeriana (Colômbia), e do professor Carlos Peralta, da Universidad de Costa Rica. Temas emergentes como o aquecimento global, transição energética, gestão dos recursos hídricos, políticas para assegurar a segurança alimentar e questões climáticas fazem parte da agenda de debates do simpósio que acontece até a sexta-feira (5).
Com tema “clima, recursos hídricos e planejamento”, o evento foi aberto na sala 318 da Central Acadêmica Paulo Freire, localizada no 3º andar, pelo professor José Irivaldo, coordenador geral do evento e pela professora Ângela Cavalcanti, coordenadora do PPGDR. Ambos deram as boas vindas e destacaram a imensa contribuição que os professores e professora convidados(as) podem dar para o programa para enriquecer o debate sobre um planeja mais sustentável.
O professor José Irivaldo ressaltou que o Seminário tem uma ligação com a COP 30 e uma ponte com o tema geral desta edição. “A nossa intenção sempre é aproximar os nossos parceiros latino-americanos. No ano passado nós trouxemos professores da Espanha e Portugal. Esse ano estamos trazendo professores da Colômbia, Argentina e Costa Rica que vão nos ajudar a nos aproximar desse tema especificamente. Os três são especialistas nos temas relacionados com o meio ambiente. Então, isso é fundamental para nós fazermos uma análise da COP 30, um balanço específico e quais são os próximos passos, efetivamente”, destacou.
O professor José Irivaldo enfatizou que o PPGDR está fazendo a sua parte, que é continuar caminhando, formando gerações nesse lado da proteção ambiental. Coordenadora do programa e uma das organizadoras do seminário, a professora Ângela Cavalcanti destacou a relevância do tema proposto para esta edição.
“É um tema bastante atual, que tem sido ampliado não só no Brasil, mas mundialmente. A expectativa para o evento é grande, visto que o objetivo é ampliar os debates sogre as mudanças climáticas, a produção do conhecimento científico e proporcionar aos estudantes e à comunidade como um todo, um entendimento para que haja uma intervenção social significativa com relação às ações ambientais”, afirmou.
A primeira atividade do simpósio foi a palestra “Antropoceno, direitos humanos e Estado Ecológicos de Direito: direitos ambientais emergentes”, ministrado pelo professor Carlos Peralta. Inicialmente, ele agradeceu a organização pelo convite e disse que o tema era bem propício para o momento quando o planeta ainda aguarda os desdobramentos da COP 30. Em sua palestra ele procurou abordar sobre as características do antropoceno, características do ponto de vista cultural e como esse novo conceito vai fazer com que a gente tenha que reavaliar as estruturas, as instituições, os conceitos da política, da economia, do direito para chegar num determinado momento para aprofundar os novos direitos emergentes.
“A minha apresentação diz respeito à matemática bastante atual, porque a COP 30 acabou de se realizada e acho que ainda temos algumas coisas que ficam pendentes, que ficam no papel, que tem que ser reavaliado”, observou enfatizando que a temática do seminário é muito pertinente porque as questões ambientais sempre exigirão uma lógica de gestão diferenciada, uma lógica que exige a iniciativa de cooperação internacional.
“Nós temos aqui neste evento, colegas do Brasil, da Colômbia, da Argentina, para a gente tentar fazer uma nova gestão ambiental, inclusive a partir do saber latino-americano. Eu acho fundamental. Esse tipo de evento é provocativo e exige da sociedade uma nova racionalidade”, acrescentou.
A primeira etapa do evento segue até esta terça-feira (2), na sala 318 da Central Acadêmica Paulo Freire, com palestras, cursos e mesas-redondas. Neste dia, o destaque fica por conta do curso “Secas e escassez de água na América do Sul: agendas e escalas de escassez”, ministrado pelo professor Facundo Rojas. No período da tarde, das 14h às 17h, será ministrado o curso “Agricultura e mudanças climáticas entre os séculos XVI e XIX”, com a professora Katherinne Giselle Mora Pacheco.
Na quarta-feira (3) e quinta-feira (4) as atividades seguem no Centro de Humanidades da UFCG, com destaque para as apresentações de trabalhos em formato remoto, nos turnos da manhã e da tarde. O evento será encerrado na sexta-feira (5) com uma visita técnica à cidade de Cabaceiras.
Organizado pelo professor José Irivaldo e pela professora Ângela Cavalcanti, o seminário também conta com o apoio institucional do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), além da colaboração de estudantes de ambos os programas.
Texto e fotos: Severino Lopes
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