Inovatec realiza depósito de registro de softwares para classificação de frutas e ensino de Libras
A Coordenadoria de Inovação Tecnológica (Inovatec) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) anunciou o depósito de mais dois programas de computador. Um é o software intitulado “Algoritmo de visão de máquina para classificação de frutas com base em dados de cor RGB”. Já o outro é o aplicativo “EduLiPe – Aplicativo Educacional de Libras de Pernambuco”
O primeiro foi protocolado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o número 512024001122-6 e baseia-se no resultado das pesquisas desenvolvidas pelos professores José Germano Veras Neto, do Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ); José Félix de Brito Neto, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA); e Nadja Maria da Silva Oliveira Brito, do Programa de Pós-graduação de Ciência e Tecnologia em Saúde (PPGCTS). A equipe também contou com a importante participação dos pesquisadores Railson de Oliveira Ramos, Valber Elias de Almeida e do discente do PPGQ, Paulo Ferreira de Brito.
O software opera em uma esteira de classificação de frutas, onde uma microcâmera capta os dados de cor RGB, permitindo a detecção automática do grau de maturação das frutas. Além disso, o sistema possui uma função de feedback que aciona um braço robótico para selecionar mecanicamente as frutas conforme sua classificação.
O professor Germano Veras afirmou que o software pretende ser de uso comercial, agregado a esteiras de seleção de frutas. Este trabalho foi uma associação entre professores da UEPB com a empresa Alcalitech, incubada na Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), com participação de bolsistas de pós-doutorado dos professores Germano e José Félix de Brito.
Desenvolvido em C++, o software é projetado para ser instalado em microcontroladores (MCU) e trabalhar em conjunto com um sensor espectral. Ele atua inicialmente coletando dados espectrais multivariados, que são processados por um segundo software, responsável pela análise e classificação das frutas baseada em sua cor.
O arquivo SEF, que compõe a estrutura geral do software, é essencial para a inicialização do hardware, verificação de protocolos e gerenciamento de dados. O algoritmo é capaz de interpretar comandos binários externos via protocolo serial, iniciando a medição das coordenadas de cor RGB das frutas que passam pelo sensor. Assim, com base nos valores de cor obtidos, o software emite comandos para um sistema mecânico que executa a classificação das frutas.
“A procura já existia e foi iniciada por contatos da Alcalitech com empresas de frutas que apresentaram demandas. A perspectiva é agregar pesquisas de pós-colheita na área de Ciências Agrárias com controle da qualidade da área de Química e associação com empresas comerciais ligadas à cadeia produtiva de frutas”, explicou Germano Veras.
Já o segundo foi protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sob o número 512024001099-8. Este aplicativo foi desenvolvido pela professora Eliete Correia dos Santos, do Programa de Pós-graduação em Gestão de Documentos e Governança Arquivística, do Câmpus V, em João Pessoa, em colaboração com a professora Lucielma Karla de Vasconcelos Rêgo, do Programa de Pós-graduação em Formação de Professores.
O “EduLiPe” não é apenas um aplicativo, mas uma ferramenta educacional projetada para facilitar o aprendizado e a comunicação em Libras. Ao acessar o aplicativo pela primeira vez os usuários serão recebidos por uma interface intuitiva que solicita um cadastro simples.
A página principal do “EduLiPe” apresenta um mapa interativo do Brasil, destacando o estado de Pernambuco, onde os intérpretes que contribuíram para a pesquisa estão geograficamente localizados. Ao selecionar Pernambuco no mapa, os usuários são direcionados para uma nova página que exibe o mapa do estado e lista as dezesseis cidades vinculadas à Gerência regional de Ensino (GRE), Centro Norte. O aplicativo ainda está em desenvolvimento, mas, se propõe a exercer um importante papel de inclusão como uma ferramenta valiosa, para estudantes, professores e todos os interessados em aprender a Língua Brasileira de Sinais.
Texto: Juliana Rosas