Interprofissionalidade é debatida em sétima formação do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
A interprofissionalidade em Saúde foi o tema da sétima formação do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) Interprofissionalidade, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande (SMS/CG). Durante o evento, realizado no Anfiteatro do Curso de Farmácia, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande, foi vista a eficácia dos trabalhos envolvendo profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, assistente social, farmacêutica e cirurgião dentista.
Os trabalhos da formação foram abertos pela professora Rilva Suely, coordenadora do PET Saúde Interprofissionalidade na UEPB, que falou da importância do trabalho realizado pelos envolvidos na iniciativa. Ela ressaltou que a interprofissionalidade é uma das marcas do PET e tem surtido efeitos muito positivos nas comunidades em que atua. A docente lembrou que todas as formações têm abordando as competências para o trabalho interprofissional, por ser imprescindível para os futuros profissionais de saúde. “O lema do PET é aprender juntos para trabalhar juntos. O próprio Ministério da Saúde recomenda que possamos reformular os currículos de todos os cursos da área na direção da interprofissionalidade”, frisou.
A sétima formação do PET foi organizada pelo Grupo de Trabalho (GT) que atua no bairro do Tambor. Inicialmente, na entrada do CCBS, foi realizada uma apresentação cultural com o Grupo Coqueiro Alto e Brincadeira do Coco de Roda. A principal atividade realizada na parte da manhã foi a mesa temática “Desvendando as competências profissionais rumo à interprofissionalidade na Atenção Básica”, composta pela educadora física Ana Cleide Costa; pela enfermeira Luziane Aparecida Silva; pela assistente social Luciana Paiva Cavalcante; pelo fisioterapeuta Marcilene Vitorino Vilar; pela psicóloga Maria Helena Maia e pela cirurgiã-dentista Maria Raquel Crispim.
Cada profissional apresentou a experiência de trabalho de forma prática nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF). Além de falarem sobre a atuação no serviço, os profissionais procuraram mostrar o que a saúde pública exige de competência para a resolução de problemas da população. O médico Gustavo Emanuel Gonçalves fechou os trabalhos da mesa e afirmou que a UEPB tem dado significativa contribuição para melhorar os serviços na atenção básica no município. Ele ressaltou que a atenção primária em saúde no Brasil sempre foi pautada visando a multi e a interdisciplinaridade, visto que os problemas de saúde são complexos, porque os pacientes necessitam de vários cuidados por diferentes profissionais.
Coordenadoras do grupo responsável pela unidade de saúde do Tambor, a professora Cláudia Santos Martiniano ressaltou que o trabalho realizado no local está focado nas necessidades dos usuários e chegou para complementar os serviços da Secretaria de Saúde. Ela observou que o trabalho interprofissional está sendo pautado no autocuidado dos usuários de doenças crônicas para garantir uma melhor qualidade ao acompanhamento dos pacientes. As atividades seguiram à tarde com a atividade “Práticas Interprofissionais: estudando caos reais”.
O PET Saúde Interprofissionalidade na UEPB começou a funcionar oficialmente em abril deste ano e, ao longo dos primeiros meses, realizou diversas visitas nas unidades de saúde de Campina Grande, onde faz uma espécie de diagnóstico dos serviços realizados nos postos de saúde e procura apresentar sugestões para melhorar a qualidade da assistência à comunidade. O Programa tem atuado junto aos moradores das comunidades do Cinza, Cuités, Tambor, Ressurreição e Centenário. Para isso, os tutores, preceptores e estudantes envolvidos na iniciativa têm participado de uma série de formações. É formado atualmente por 11 professores, 30 estudantes bolsistas e 10 voluntários dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia, Educação Física e Serviço Social, além de 18 preceptores que são profissionais da Secretaria de Saúde.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Tatiana Brandão
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