Mesa redonda reúne grupos e núcleos de pesquisa para incentivar a investigação científica em Serviço Social
Em tempos de busca por soluções para o enfrentamento das crises que afetam o país, agravadas pela conjuntura política e pela pandemia da covid-19, a pesquisa científica se tornou uma ferramenta indispensável para proporcionar a resolução de problemáticas relevantes para a sociedade. Com este olhar, foi realizada na manhã desta sexta-feira (10), a mesa redonda “A importância da pesquisa científica para a formação do assistente social”. O evento, realizado no Auditório II da Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, serviu para mostrar o papel que o pesquisador desenvolve para melhorar a vida da população.
Cerca de 70 pessoas, entre estudantes e professores, participaram do encontro. A palestrante, professora do curso de Serviço Social, Mônica Barros, disse que a produção do conhecimento se tornou mais do que nunca essencial para a transformação do país, principalmente neste momento em que as universidades públicas estão sendo atacadas e a ciência desacreditada com a onda de negacionismo. “Nós procuramos mostrar um pouco a importância da produção de conhecimento. Esses conhecimentos instrumentalizam a prática, desvendam a realidade e contribuem para que o assistente social compreenda o movimento desta realidade”, explicou a professora.
Enfática, ela ressaltou que a busca por estudo realizado com o uso do método científico é fundamental para o assistente social. Sobre os caminhos a serem indicados para o estudante se tornar um bom pesquisador, a professora disse que ele precisa se envolver logo cedo com pesquisa na iniciação científica e, obrigatoriamente, se apaixonar pelo objeto de estudo, além de ser muito estudioso.
A professora também explicou sobre os elementos que tornam uma pesquisa científica, validando o objeto investigado. Nesse sentido, ela observou que a diferença do conhecimento científico para o senso comum é que o pesquisador pode comprovar os resultados do trabalho com dados empíricos. Representando a coordenação do curso no evento, a professora Socorro Pontes também destacou a importância da pesquisa para os futuros assistentes sociais. “Esse é um tema de extrema relevância e que oportunamente precisamos construir um debate neste tempo de desafios. A nossa formação precisa se pautar na pesquisa e numa formação qualificada”, afirmou.
A realização da mesa redonda foi do Centro Acadêmico de Serviço Social, em parceria com o Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Uma das organizadoras da mesa, a estudante Sandriely Maria, disse que todas as atividades foram elaboradas com objetivos de mostrar a importância da pesquisa científica para o assistente social, visto que muitos alunos passam pelo curso sem conhecer como funcionam os grupos de pesquisa. Graduanda do 9° período e também integrante do CA, Ana Raquel explicou que o evento foi pensado a partir de uma demanda dos estudantes.
Além da palestra da professora Mônica Barros, o evento contou com uma mesa redonda composta por representantes de diversos grupos de pesquisas e núcleos existentes na UEPB. Eles mostraram como funciona cada núcleo e o papel que desenvolvem na produção científica. Compuseram a mesa a professora Alessandra Ximenes, do Núcleo de Pesquisas em Política de Saúde e Serviço Social (NUPEPSS); Kelly Alves Sousa, do Núcleo de Investigações e Intervenções em Tecnologias Sociais (NINETS; Moema Amélia do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Trabalho e Proteção Social (GETRAPS); Ednaldo da Costa Braz, do Grupo Flor e Flor; e Nataly Isabelle, do Núcleo de Pesquisa e Extensão Comunitária Infanto Juvenil (NUPECIJ). Após a apresentação de cada representante dos núcleos e grupos, aconteceu um debate com os participantes.
Texto: Severino Lopes
Foto: Rodrigo Silva
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