Museu de Arte Popular da Paraíba e Ateliê Gravo encerram exposição “Xilogravura”, neste domingo (19)
Neste domingo (19), às 16h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande, junto com o Ateliê Gravo, promove o encerramento da exposição “Xilogravura”, de Arnilson Montenegro. A entrada é franca.
A programação do evento inclui um bate-papo com Arnilson e o curador da exposição, Jorge Elô. A mediação será feita pela artista visual Rebeca Souza. Ocorrerá também uma visita guiada e o sorteio de três xilogravuras entre os presentes, numeradas e assinadas. “Será uma conversa descontraída, envolvendo o público e todos que contribuíram para a construção da exposição. Exploraremos o processo criativo das xilogravuras, desde a concepção dos desenhos até o entalhe na madeira e a impressão”, explicou Arnilson.
Em cartaz desde junho deste ano, a exposição recebeu mais de 20 mil visitantes e 40 escolas. “Esta segunda experiência foi muito enriquecedora e desafiadora. Havíamos feito uma exposição anteriormente, então sentimos o peso da responsabilidade, como se fosse o segundo disco. Queríamos manter a qualidade, mas também trazer algo diferente. Na primeira, sentimos que a xilo chamou mais atenção do que a gravura em metal, por isso decidimos expor mais dela, investir mais nisso”, acrescentou.
Arnilson destacou, igualmente,a importância das leis de incentivo e das pessoas irem ver as obras. “Trata-se de dinheiro público, é um trabalho que é delas também. Faço questão de divulgar, para que todos realmente tenham acesso. Além disso, houve a contrapartida nas escolas, com oficinas nesta técnica, já pensando em formar público e leitores, pois a xilogravura tem muito a ver com literatura. Sem as leis de incentivo, a exposição não existiria. Agradeço ao Museu, a quem se envolveu, colaborou, é uma prática coletiva, tive auxílio da minha esposa, como produtora, Angelo Rafael ajudou na montagem, Jorge, Rebeca, vários artistas também contribuíram na escolha dos trabalhos”, assinalou.
Conforme Rebeca Souza, o encerramento da exposição abordará as atividades do Ateliê Gravo, as experiências de Arnilson no campo artístico e as exposições dele ocorridas no MAPP, revelando, igualmente, alguns aspectos de sua obra, que vem contemplando o tradicional, o popular e o contemporâneo. “Falaremos sobre a relação construída com o público do Museu e a xilogravura na atualidade, como ela tem dialogado com o nosso tempo”, enfatizou.
A exposição se deu através de recursos da Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura, via Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), e contou com dezenas de obras, impressas manualmente, que percorriam uma variedade de temas, explorando as cores para compor imagens e instalações. “Xilogravura” homenageou, ainda, o artista Luiz Carlos Officina (in memoriam), tendo em vista que ele foi o mestre de Arnilson em sua trajetória de aprendizado artístico.
Texto: Oziella Inocêncio
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