Museu de Arte Popular da Paraíba integra 19ª Semana Nacional dos Museus com programação especial
O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), que tem como mantenedora a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), integrará a 19ª Semana Nacional dos Museus, com uma programação on-line, entre os dias 17 e 22 de maio. Proposta pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), a Semana traz como temática “O Futuro dos Museus: recuperar e reimaginar” e diversas palestras e apresentações artísticas ocorrerão nesse sentido. A transmissão se dará nos canais da Rede UEPB, tanto no YouTube, como no Facebook, via Coordenadoria de Comunicação (CODECOM).
Além dessas ações, haverá uma intervenção urbana, com uma projeção mapeada no prédio do Museu, que destacará as mais diversas iniciativas realizadas pelo MAPP nos últimos anos. Todas as atividades desenvolvidas terão uma equipe presencial mínima, em decorrência da pandemia da Covid-19.
A mesa de abertura acontece na próxima segunda-feira (17), com a participação do superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-PB), Hyago Costa Celane, a partir das 19h, abordando o tema “O Futuro dos Museus: recuperar e reimaginar”. Mas, antes, às 18h, o MAPP já procederá com a projeção mapeada. A técnica permite que o ambiente físico e o digital dialoguem entre si, trabalhando cores e imagens em qualquer superfície de escala arquitetônica. No caso do MAPP, a projeção terá como base os acervos das exposições que foram efetuadas no local. Assim, poderão ser contempladas por qualquer um que esteja passando em frente ao Museu.
A projeção funcionará de segunda até o próximo sábado (22), sempre no período das 18h às 20h. E, também através dela, será feita uma homenagem ao cantor Cassiano, na quarta-feira (19). O artista, que era natural de Campina Grande, faleceu este mês.
Na terça-feira (18), será a vez da palestra intitulada “Recuperando e reimaginando os Museus”, às 19h, com a professora Sílvia Regina da Mota Rocha, conhecida por sua vasta atuação no universo da Arte no Estado, notadamente nas áreas de gestão museológica, conservação e restauro de bens culturais móveis e integrados. A moderação ficará a cargo do diretor do MAPP, professor José Pereira da Silva.
Na quinta-feira (20), às 16h, os artesãos Sérgio Nascimento e Fabiano Quaresma discorrerão acerca do tópico “O artesanato paraibano e o seu diálogo com as ações realizadas pelo MAPP”. À frente da mesa, igualmente, estará o professor Pereira. Já às 18h, ocorrerá a live “A música popular brasileira (paraibanos) e as exposições realizadas pelo MAPP: socializando o produzido e vivenciado”, com o maestro Vladimir Silva (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) e Ivan Dias (SP), idealizador do site “Forró em Vinil”, colecionador de arquivos digitais e pesquisador. A moderação caberá a Sandrinho Dupan, um dos curadores da Sala de Música do MAPP.
Na sexta (21), às 16h, a programação segue, com a live “Diálogo poético em torno dos motes”, trazendo uma espécie de conversa rimada entre bardos, em uma mesa de glosas. Integrarão a atividade Joseilda Diniz e Alfrânio de Brito, curadores da área de Cordel do MAPP, Annecy Venâncio, Claudete Gomes, Jota Lima, Chico D’Assis, Marconi Araújo, Kydelmir Dantas, Raniery Abrantes, Padua El Gorrion e Rubens do Valle, além dos emboladores de Coco, Will e Condor. Em seguida, às 18h, a mesa terá como componentes o diretor do Museu da República e servidor do IBRAM, Mário Chagas, e o professor Chico Pereira, curador da Sala de Artesanato do MAPP. A explanação dos dois se dará em relação ao tema “Recriando e Imaginando os Museus Brasileiros”.
No sábado (22), às 19h, a palestra de encerramento caberá ao pró-reitor de Cultura da UEPB, José Cristóvão de Andrade, e ao diretor do MAPP, que também é pró-reitor adjunto de Cultura. Terá vez, como tema da ocasião, “O lugar do Museu de Arte Popular da Paraíba na museologia paraibana”.
Como será o amanhã?
Para o professor Pereira, a Semana se traduz em um excelente ensejo para que se possa entrever o horizonte dos Museus, a partir do eixo pós-pandemia. “É hora de visualizar oportunidades e discutir formas de abraçá-las com coragem, no sentido de transformar as instituições, construindo novas relações com o público nesse contexto desafiador. É com grande satisfação que somos parte dessa ação do IBRAM”, disse.
Pereira assinalou que o porvir destas instituições não reside apenas no diálogo com os avanços tecnológicos e os recursos deles advindos, mas principalmente na compreensão de que essas ferramentas afetam nossa maneira de ser e estar no mundo. “Elas são muito importantes se tivermos como objetivo a socialização, a divulgação dos bens artísticos, aproximar as pessoas, garantir esse acesso da população à sua história e às manifestações culturais”, apontou.
Ele acrescentou que o Museu, embora relativamente jovem, já é visto como vanguarda, pela sua própria missão de salvaguardar a Cultura Popular. “O MAPP tem muita representatividade. Ele é dos poucos espaços, aliás, que possui uma sala somente destinada ao Artesanato, e nossa ideia é dar mais visibilidade a ela”, pontuou.
Texto: Oziella Inocêncio
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