Museu de Arte Popular da Paraíba realiza adaptações para visitas e projeta reabertura até o próximo mês de junho
O Museu De Arte Popular da Paraíba (MAPP), que tem como mantenedora a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), tem como propósito preservar as heranças culturais, trazendo em suas exposições referências da cultura e identidade paraibana. Entretanto, há meses, devido à pandemia da covid-19, as atividades no museu, que ocorriam, preponderantemente, de forma presencial, passaram a ocorrer apenas de forma remota ou por agendamento.
Atualmente o MAPP está com duas exposições em funcionamento, uma sobre Nise da Silveira, e a outra sobre rezadeiras, que podem ser visitadas pelo público através de agendamentos prévios realizados pelo Instagram (@museu.arte.popular.paraiba). Com as mudanças significativas que ocorreram no espaço, o diretor do MAPP, professor José Pereira da Silva, explica que foram realizadas adaptações para a criação de conteúdo e as exposições que aconteceram no museu neste período estão disponíveis nas mídias sociais do MAPP. Os eventos também são transmitidos através de lives. O diretor destaca, ainda, que há um desafio a ser enfrentado no cenário atual. “A grande dificuldade que a pandemia impôs foi justamente essa impossibilidade de receber o público, pois a experiência da presença na exposição é única”, complementou.
Embora os números de mortalidade tenham reduzido e o sistema vacinal esteja avançado, ainda não se sabe quando será possível retornar a liberação do público sem restrições. Para o público que deseja visitar as exposições, o museu disponibiliza de álcool em gel, porém, o ar condicionado não pode ser ligado e é necessário o uso de máscara. É permitida a entrada de pequenos grupos de até, no máximo, 10 pessoas. A expectativa é que o museu possa, brevemente, conduzir eventos e exposições que contribuem diretamente no enriquecimento cultural para estudantes, professores, turistas e, especialmente, os paraibanos.
Segundo o diretor, a equipe responsável pelo museu já vem se reunindo para planejar uma exposição de reabertura do espaço. “A reabertura deve acontecer nesse semestre. Estamos acompanhando as questões sanitárias que estão um pouco mais favoráveis, então há uma tendência de abertura maior”, avalia Pereira.
Sobre o MAAP
Situado no Açude Velho, um dos cartões-postais da cidade de Campina grande, por sua arquitetura pensada de maneira a não prejudicar a visão do espelho d’água, o MAAP, carinhosamente chamado pela população do ‘Museu dos Três Pandeiros’, por conta da sua forma, é fruto da iniciativa e abnegação de muitas pessoas, que aceitaram o desafio de construir e incorporar à Universidade a obra que certamente se constitui numa referência de cultura brasileira.
A Universidade, que possui como meta o ensino, a pesquisa e a extensão, tem no Museu de Arte Popular da Paraíba a convergência desses valores, através do envolvimento de professores, estudantes e da comunidade, com programas que atendem estudos relacionados às várias faces da cultura popular, daí a decisão em estender as ações além das artes manuais, incorporando à sua atividade a música e a literatura, nos diferentes aspectos da sua economia material e imaterial, apresentadas em exposições, publicações, cursos e encontros, práticas e experiências, num espaço de bela e instigante arquitetura, que emociona e gratifica o olhar de quem o frequenta.
Para visualizar as exposições de forma on-line, ou obter mais informações sobre o MAAP é possível acessar o Instagram (@museu.arte.popular.paraiba), o site http://museu.uepb.edu.br/mapp/, ou ainda o canal Rede UEPB no YouTube.
Texto: Isabella Gomes (Estagiária)