Museu de Arte Popular da Paraíba recebe Feira do Coletivo com o tema Côco Encantado
Nos próximos dias 13 e 14 de abril, a partir das 16h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, receberá a “Feira do Coletivo” — edição Côco Encantado. Realizado pelo Coletivo Mulheres Empreendedoras em parceria com a Associação Cultural da Paraíba (ACULTPB), o evento tem entrada franca.
Trinta expositores integrarão a iniciativa, que promete movimentar bastante a área situada na parte inferior do Museu. Segundo a co-criadora do Coletivo, Fabiana Miná, a ideia principal é fomentar o comércio oriundo dos pequenos empreendimentos administrados por mulheres e mães de família, de Campina e região, além de incentivar a parte cultural.
Trazendo uma programação diversificada, que inclui apresentações musicais, a Feira será composta por artesanato, moda autoral, cosméticos naturais, encadernação, adoção de animais, gastronomia, brechó, livros, plantas, área kids e pintura facial, entre outras atividades. “Nossa primeira Feira foi na Praça da Bandeira, em 14 de março de 2020, logo começou a pandemia, voltamos em 2022 com força total. A experiência de realizá-las é maravilhosa, é muito bacana esse contato com nossos clientes. Porém, promover cultura em Campina não é fácil, o único apoio que temos é do Museu e da UEPB, e somos gratas por essa parceria. Até agora, nenhuma outra entidade nos apoiou de fato”, apontou Fabiana.
Ela explicou que há dois anos a ação vem sendo executada em conjunto com segmentos culturais de Campina. Em 2023, a Feira contou com o Grupo de Percussão Maracagrande, cuja vice-presidência é ocupada por Fabiana. “O Grupo estava completando 14 anos em novembro e aproveitamos a data. Agora, nos unimos ao Côco Encantado, um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo, via ACULTPB. Conversamos e pensamos que seria ótimo agregar as duas iniciativas, oferecendo um evento ainda mais interessante e completo”, disse.
No sábado (13) apresentam-se os grupos Coqueiro Alto, JB do Côco e Tirinete, e o Coletivo Cultural Caiana dos Crioulos, do município de Alagoa Grande. Já no domingo (14), o show é comandado pelo Côco de Dandalunda, de Puxinanã.
Feira para quê?
Criado no início de 2020 por Fabiana Miná e Roberta Gerciane, ambas artesãs, o Coletivo Mulheres Empreendedoras objetiva principalmente organizar feiras e acolher mulheres que não possuem loja física e precisam de um lugar para expor, vender e compartilhar seus produtos. O Coletivo também integra várias ações voltadas à economia solidária.
“A vontade que a gente tem é que haja Feira mensalmente, mas nós não tiramos nosso salário da gerência dessa atividade. A taxa que é cobrada vai toda para a estrutura necessária, a exemplo de mesas, cadeiras, tendas, som… Nossa renda é justamente da venda dos nossos produtos na Feira e acreditamos que temos melhorado a comercialização para quem participa da iniciativa, pois a procura por ela é constante. Janeiro e fevereiro, por exemplo, não fizemos, a cidade estava vazia, mas as pessoas sempre perguntavam quando realizaríamos outra. Os produtores de feiras em João Pessoa já sentiram a dificuldade que é promover essa prática aqui. Então a gente, que é de Campina, precisa fazer acontecer, é o que temos feito, mesmo encontrando obstáculos”, pontuou Fabiana.
Texto: Oziella Inocêncio
Fotos: Divulgação
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