Museu de Arte Popular recebe programação do 20º Encontro de Capoeira, Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas

25 de setembro de 2025

Até domingo (28), acontece, em Campina Grande, o “20º Encontro de Capoeira, Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas”, promovido pela Escola de Capoeira Afro Nagô, em parceria com o Projeto Capoeira Inclusiva. O evento conta com uma programação variada, sendo uma parte dela sediada no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP). A iniciativa tem entrada franca e dispõe do apoio da Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba.

O Encontro objetiva disseminar a cultura da Capoeira e as manifestações afro-brasileiras, bem como debater questões ligadas ao racismo e às dificuldades enfrentadas pela juventude negra, conforme o mestre Evaldo Morcego, que compõe a organização do evento. Palestras, aulas, apresentações musicais, espaços de diálogo, rodas de capoeira, com batizado e troca de cordas, fazem parte das atividades propostas, que ocorrerão em diversos pontos da cidade.

No MAPP, a programação se dá no sábado (27), das 8h30 às 12h, com um aulão do qual participam os mestres Zunga, Besouro, Alfinete e Marivan. Além dos paraibanos, integram a iniciativa colaboradores dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará. São esperadas 1.500 pessoas em todo o Encontro, segundo Morcego, sendo que as práticas envolvem especialmente estudantes de escolas da rede municipal de ensino.

A Escola de Capoeira Afro Nagô é uma entidade sem fins lucrativos, que existe há quatro décadas, desenvolvendo trabalhos com crianças, adolescentes e jovens, através da capoeira e das manifestações culturais afro-brasileiras, além de bibliotecas comunitárias. O objetivo principal dela é oferecer às comunidades menos favorecidas, do ponto de vista financeiro, a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos, com a utilização daquela prática centenária de arte e luta brasileira.

A ideia é aprimorar as relações sociais nos bairros e influenciar positivamente, nos alunos, aspectos como desempenho, frequência escolar e disciplina. Já o Projeto Capoeira Inclusiva foi criado por Morcego há 30 anos e, pela semelhança de pautas, aproximou-se da Afro Nagô. “Somamos forças, por afinidade, pois temos propósitos parecidos, como o fortalecimento e a propagação dos saberes afro-brasileiros”, disse.

Assim, todo o coletivo que integra a Escola de Capoeira Afro Nagô realiza apresentações musicais, pesquisas, visitas aos mestres e mestras, bem como trabalha na transmissão dessas iniciativas, notadamente através da produção de eventos. Algumas atividades nesse sentido são o “Coco no Quintal”, “Tambor de Memórias” e “Caixote Poético”, além de outras ações voltadas ao ensino, a exemplo de oficinas e minicursos.

O Encontro também conta com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da UEPB, da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb) e do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb/UEPB), entre outros. Informações adicionais podem ser adquiridas por meio do telefone (83) 98850-9272.

Texto: Oziella Inocêncio