Nova Direção do Museu de Arte Popular avalia crise da Covid-19 e traça planos para período pós-pandemia
Devido à necessidade de quarentena, em razão da pandemia da Covid-19, um dos segmentos mais afetados em todo o mundo foi o da Cultura, pois depende, o mais das vezes, do contato humano, do público e da espontaneidade do face a face. Assim foi também com o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, que teve a sua programação prejudicada.
Agora, com nova Direção, sendo conduzido pelo professor José Pereira da Silva, o MAPP avalia os desafios que tem pela frente e elabora quais estratégias deverão ser postas em prática nos próximos meses, ainda sob crise sanitária e também no pós-pandemia. Segundo Pereira, que também ocupa o cargo de pró-reitor adjunto de Cultura da UEPB, os esforços estarão ora concentrados em três eixos. “O primeiro ponto que procuraremos sanar e dos mais urgentes se relaciona ao regimento do Museu. É através dele que o Museu existe de fato, com suas áreas técnicas e administrativas, finalidades, competências e atribuições, entre outros aspectos”, explicou. Esse processo facilitará ao MAPP, por exemplo, concorrer em editais de incentivo, conforme acrescentou o diretor.
A questão seguinte abordada por Pereira referiu-se a tornar o Museu, efetivamente, popular, realizando campanhas diversas para que as pessoas da cidade e do Estado conheçam melhor o espaço, sintam-se mais próximas e presentes no cotidiano do MAPP. “Observando o registro da visitação, nos demos conta que a maior parte dela é de outras localidades e países. Isso é formidável, mas revela que há um trabalho importante a ser feito do ponto de vista local e regional”, afirmou.
O professor apontou que o MAPP não pode ser um ambiente elitizado, inclusive no que trata das exposições. “Em Campina e na Paraíba existem muitos artistas talentosos e produzindo bastante. Há uma dedicação enorme por parte desses profissionais, mas eles não contam com holofotes, com a difusão do que estão fazendo. Como um lugar dinâmico que é, o Museu pode, por exemplo, promover um maior número de exposições temporárias de modo a destacar não apenas aqueles que já são consagrados”, sugeriu.
Para o diretor, é premente, além disso, diante do cenário vivenciado nos dias atuais, que o MAPP siga desenvolvendo suas atividades, tanto com práticas on-line e híbridas, quanto com público limitado, sempre adotando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Em tempo hábil, o Museu se reposicionou face a esse contexto imprevisível, apoiando ou mesmo promovendo alguns eventos centrados na experiência virtual, como a comemoração pela passagem dos seis anos do Bloco da Cinquentinha, e nosso objetivo é continuar com ações semelhantes, ampliando-as e pensando em outras condições de adaptação”, informou.
Algumas atividades nesse sentido, referem-se à 19ª Semana Nacional dos Museus e ao Maior São João do Mundo, posto que a empresa que efetua a festa, idealiza utilizar o MAPP, inserindo-o de maneira privilegiada em uma nova configuração da iniciativa, totalmente adequada ao momento de pandemia.
Entre as pautas ainda contempladas pela direção do MAPP, figuram o estabelecimento de novas parcerias e a intensificação das visitas de escolas ao Museu. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone (83) 3310-9738.
De volta
Interessante salientar que a Pró-Reitoria de Cultura da UEPB surgiu em 2012 na Instituição. Outrora, de 2006 a 2011, funcionava como Coordenação de Arte e Cultura e dispunha, como coordenador, do professor José Pereira da Silva. Naquele período, o setor era composto por núcleos, como o de Teatro, de Cultura Popular, de Articulação e Projetos, e o de Cursos de Extensão, abarcando a Casa Brasil. Mais tarde, o docente foi designado para a pasta de Extensão, tendo agora retornado à Procult.
Texto: Oziella Inocêncio
Fotos: Laert Pinheiro
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