Núcleos de Arte e Cultura da UEPB já beneficiaram mais de duas mil pessoas desde que foram implantados
Seguindo a perspectiva de contribuir para a formação integral do estudante e de toda comunidade favorecida pela Instituição, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vem implantando em seus Câmpus, nos últimos anos, os Núcleos de Cultura. Localizados em Patos, Catolé do Rocha e Monteiro, estima-se que já beneficiaram mais de duas mil pessoas desde a sua instalação, mostrando que, para a UEPB, é importante não apenas promover a Cultura, mas estimulá-la e reconhecê-la como fundamental ao desenvolvimento social, crítico e, principalmente, educacional na contemporaneidade.
O Núcleo de Arte e Cultura Zabé da Loca, no Câmpus VI, data de 2015, mas mesmo antes as ações ocorriam, segundo explicou a professora e coordenadora Dalila Gomes. Na atualidade, são oferecidos por meio dele os cursos de Capoeira, ministrado por Onahirda Ohana, Teclado, e Sanfona, com preleções de Claudinho de Monteiro. Em seus eventos, o Núcleo costuma contar com a parceria da Prefeitura Municipal de Monteiro. Também atrai artistas da cidade que colaboram com ele, como o produtor audiovisual Asley Ravel.
Dalila explanou que com a pandemia muitos alunos não puderam acompanhar as preleções remotas, ainda assim as atividades congregam 25 estudantes atualmente. “Antes da crise sanitária, as aulas aconteciam na sede situada no Centro, de segunda a quinta, e aos sábados, pela manhã. Agora, os professores se encontram com os alunos nos horários mais convenientes, em reuniões realizadas pelas plataformas online”, destacou.
Já o Núcleo do Câmpus VII foi institucionalizado em 2019. Hoje, suas ações dizem respeito aos cursos de Musicalização Infantil, Iniciação ao Canto, e Violão, com três turmas (módulos 1, 2 e 3), conforme informou o professor Adriano Homero, diretor do Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas (CCEA), em Patos. Há 143 alunos matriculados e as aulas também estão se dando via Internet. O professor responsável por elas é Allanderson Ramon Jacinto Teixeira, sendo que, anteriormente à Covid-19, efetivavam-se na Sala 505, do próprio Núcleo.
Estabelecido em 2014, o Núcleo de Arte de Catolé do Rocha é o mais antigo. Entre 2015 e 2016, funcionou com a oferta de algumas oficinas propostas aos estudantes da Escola Agrotécnica do Cajueiro, estudantes de Letras e também de Ciências Agrárias, bem como a todos os interessados. Atingindo até 30 integrantes, sucediam-se três a quatro práticas por semestre, afirmou a professora Vaneide Lima Silva, diretora adjunta do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA).
“Em 2017, o Núcleo precisou parar provisoriamente, pois se acentuava, na UEPB, um período difícil do ponto de vista financeiro. A partir de 2018, época em que assumi a gestão do Centro, a direção e o Núcleo fizeram uma parceria proveitosa, que resultou em importantes eventos para a vida acadêmica e da população de Catolé do Rocha, a exemplo do Seminário Integrado de Educação. Estivemos, ainda, no Encontro de Sanfoneiros e Tocadores de Fole de Oito Baixos, da Pró-Reitoria de Cultura da UEPB”, enfatizou.
Agora, a ideia é que tão logo retornem as atividades presenciais, intensifiquem-se as ações do Núcleo. “Nesse sentido, estamos começando a reforma de um espaço que sediará as práticas e queremos retomar as oficinas, buscando apoio com a Prefeitura, sobretudo na Secretaria de Cultura, e com o Instituto Cultural Casa do Béradêro”, apontou. Associação sem fins lucrativos, o Béradêro foi fundado pelo cantor e compositor Chico César e a Irmã Iracy, sua primeira professora de música. Dentre as principais iniciativas da entidade estão os cursos na área de música, dança, capoeira e informática, entre outros.
Texto: Oziella Inocêncio