Obras do Laboratório Fábrica da Universidade Estadual recebem visita do governador da Paraíba
As obras de construção do Laboratório Fábrica (FabLab) do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da universidade Estadual da Paraíba (UEPB) receberam, nesta sexta-feira (9), a visita do governador da Paraíba, João Azevêdo. O reitor Rangel Junior acompanhou a inspeção das atividades que, no momento, estão em fase de limpeza e terraplanagem da área. Ao todo, serão investidos R$ 31 milhões neste empreendimento dedicado à pesquisa, sendo R$ 15 milhões destinados à construção do prédio e R$ 16 milhões para a aquisição de equipamentos e utilidades necessárias para o desenvolvimento dos projetos. O Governo Federal é o responsável pelo repasse total dos recursos.
As obras foram iniciadas no dia 15 de julho, com a limpeza do terreno que fica localizado próximo à entrada principal do Câmpus I, em Campina Grande, em frente ao prédio onde funcionava a Escola Técnica Redentorista. O FabLab da UEPB funcionará como polo de produção e distribuição de dispositivos médicos, fator que potencializará projetos que já são desenvolvidos no Nutes, como a produção de desfibriladores, monitores de sinais vitais, protetores faciais, entre outros. Além disso, impulsionará, por exemplo, o desenvolvimento de ventiladores pulmonares mecânicos, que já estão em fase de testes regulatórios.
De acordo com o governador da Paraíba, João Azevêdo, esse projeto trará muitos benefícios para a Paraíba. Segundo sua avaliação, o FabLab oferecerá oportunidades para empresas desenvolverem tecnologia que contribuirá diretamente para a área da Saúde, além de possibilitar uma formação ainda mais qualificada para os estudantes da UEPB. João ainda deixou claro que este espaço terá condições de atrair outras empresas para que haja um processo de transferência de tecnologia que contribua ainda mais para o desenvolvimento da Paraíba nas áreas da Saúde e Educação.
“Quando tivemos conhecimento desse projeto, que é de grande importância para a Paraíba e para a UEPB, e que precisava de uma parceria para realizar uma parte, no caso a terraplanagem, eu não poderia ter outra atitude a não ser a de firmar uma parceria. Essa semente que é lançada aqui, nessa unidade produtiva de desfibriladores e monitores, pode se transformar em um espaço de produção de outros equipamentos para a área da Saúde. Vamos pensar em atrair outras empresas para o local com o intuito de produzir e transferir essas tecnologias. É importante fortalecer esse setor, para permitir que os alunos da UEPB e de outras instituições participem desse processo produtivo”, destacou o governador João Azevêdo.
Para o reitor da UEPB, professor Rangel Junior, a estruturação do FabLab é a consolidação da Universidade como um polo produtor de tecnologias voltadas à Saúde. “Esse é um passo fundamental, que marcará a passagem de Campina Grande, por meio da UEPB, de um polo consumidor de tecnologia em Saúde para um polo produtor de tecnologia em Saúde. E isso vai atrair outros investimentos e outras iniciativas que colocarão Campina na rota de produção de equipamentos para essa área. Vamos gerar emprego e renda, além de permitir que os profissionais formados em nossas instituições permaneçam na cidade”, destacou Rangel.
O coordenador geral do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da UEPB, professor Misael Morais, que também acompanhou a vistoria das obras, destacou que o FabLab permitirá que os alunos da UEPB e de outras instituições tenham acesso a equipamentos de ponta na área de Tecnologias em Saúde para desenvolver atividades de pesquisa, desenvolvimento, produção, inovação e avaliação da qualidade de equipamentos eletromédicos. Para o professor Eduardo Jorge Valadares Oliveira, pesquisador do Nutes e coordenador do projeto de construção do FabLab, esta iniciativa nasceu de uma concepção em que se busca concentrar uma gama de competências para o desenvolvimento de tecnologias na área da Saúde.
O Laboratório Fábrica conta com uma área de 11 mil metros quadrados e terá condições de oferecer cerca de 250 ambientes destinados às pesquisas em Saúde. A previsão de conclusão da obra é de dois anos.
Texto: Leonardo Alves
Fotos: Paizinha Lemos e Leonardo Alves