Observatório Briggida Lourenço divulga programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher
O Observatório de Prevenção e Enfrentamento às Violências contra as Mulheres Briggida Lourenço (OBL), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), elaborou a programação do 8 de março – Dia Internacional da Mulher, que consta de atividades variadas, todas suscitando reflexões, debates e proposições de mudanças em prol das mulheres.
Iniciando no dia 7 de março, às 8h, o OBL fará uma ação na Feira Agroecológica Mulheres Territórios Livres, na Praça da Bandeira, Centro de Campina Grande. Haverá distribuição de panfletos com informações sobre os tipos de violências, contatos de instituições policiais e outros serviços oferecidos pelo Estado.
Em 12 de março, às 8h, está programada a mesa-redonda “O papel das mídias no enfrentamento às violências contra as mulheres”, tendo como convidadas a jornalista Mabel Dias, professora Ada Guedes e representante da Secretaria Estadual da Mulher e Diversidade Humana (SEMDH). O debate acontece na Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, em parceria com Departamento e Coordenação do curso de Jornalismo da UEPB.
Ainda no dia 12 de março, a partir de 18h30, acontece a exposição “Retratos de vidas e sonhos de mulheres: o sentido da vida de convite a sonhar”, da artista francesa Hélène Albaladejo, no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande. Para esta atividade, contou-se com a iniciativa da Faculdade de Linguística, Letras e Artes (FALLA) e parceria da Pró-reitoria de Cultura (PROCULT) e MAPP.
A artista foi recebida pela vice-reitora e coordenadora do OBL, Ivonildes Fonseca, para falar sobre a exposição e a temática das obras. A aproximação entre a UEPB e Hélène Albaladejo se deu por meio do professor Eli Brandão, que realizou estágio de pesquisa na Espanha, onde atualmente vive a artista.
Exposição
Oportunamente, no mês dedicado à celebração de conquistas, reflexão e renovação das lutas das mulheres por direitos iguais, a UEPB recebe a exposição “Retratos de vidas e sonhos de mulheres”, obra de Hélène Albaladejo. A mostra reúne 32 fotos analógicas, inéditas no Brasil, sobre papel Matte 300g, tamanho 50/50cm, e se divide em duas seções, sendo 26 da seção “O Sentido da Vida” e seis fotos da seção “Convite para Sonhar”.
Ao lado da foto de cada mulher, há um texto sobre sua vida. Os nomes das mulheres são fictícios, mas as histórias são verdadeiras. Hélène considera, no contexto global contemporâneo, o revigoramento de fundamentalismos religiosos, aliados a movimentos fascistas de extrema direita, impulsionados por bigs techs controladas por bilionários, ao mesmo tempo, o crescimento da estupidez e da intolerância ao outro diferente, a multiplicação das guerras e o recrudescimento de diversas formas de violência machista contra as mulheres, causas do gradativo aumento do número de feminicídio. Essa ascensão do fascismo no planeta parece autorizar implicitamente a delinquência, ao tempo em que reacende a chama das guerras culturais e da cultura da guerra.
Nascida na França, de pai espanhol e mãe francesa, Hélène vive atualmente na cidade de Granada (Espanha). Por parte de pai, descende de uma família de pintores catalães de Barcelona. De modo que desenvolveu inicialmente apenas a arte da pintura, integrando posteriormente ao seu trabalho a arte da colagem e depois a arte da fotografia.
Ao longo de sua trajetória artística como fotógrafa, seus temas favoritos foram o patrimônio histórico de pontes e portos antigos no sul da França, Espanha e Estados Unidos; e retratos de mulheres migrantes em Marselha/França e em Granada/Espanha, representativas das culturas religiosas dos três grandes monoteísmos: muçulmano, cristão e judeu, as quais voluntariamente quiseram dar visibilidade à paz entre as culturas e à liberdade das mulheres em relação à submissão ao machismo.
Texto: Juliana Rosas
Fotos: Paizinha Lemos
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