Observatório do Feminicídio da UEPB passa a contar com parceria do Ministério Público da Paraíba
Após receber apoio institucional da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e da Coordenação da Mulher em Situação de Violência do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ampliou sua parceria em prol da implantação do Programa de Pesquisa e Extensão Observatório de Feminicídio na Paraíba. Na manhã desta quinta-feira (26), foi realizada uma reunião, no gabinete do vice-reitor da Instituição, que confirmou a aproximação com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), através do Núcleo de Políticas Públicas do órgão judiciário. O encontro também contou com a participação do pró-reitor de Extensão da UEPB, professor José Pereira da Silva.
O professor Flávio Romero recebeu o procurador de Justiça da Paraíba, Valberto Cosme de Lira, que coordena o Núcleo de Políticas Públicas do MP, para ampliar as estratégias de implantação do Observatório do Feminicídio da Paraíba. Na ocasião foram debatidas questões acerca da preparação do edital do processo seletivo que definirá os alunos extensionistas que atuarão junto à proposta, bem como a atuação do MP no que diz respeito à formação dos estudantes que desenvolverão suas atividades nas comarcas onde a UEPB possui Câmpus instalado.
“Esse projeto-piloto será desenvolvido nas comarcas paraibanas onde, coincidentemente, a UEPB possui Câmpus. Com exceção à Lagoa Seca, que receberá esse serviço junto a Campina Grande. O reitor da UEPB, professor Rangel Junior, já autorizou a disponibilização de duas bolsas de extensão para cada comarca e, com isso, vamos preparar o edital de seleção. Nessa nova rodada de conversas definimos a colaboração do Ministério Público no que eles podem contribuir na formação desses alunos sobre a questão do Feminicídio. Agora, agilizaremos tudo no mês de outubro para que, em novembro, eles já possam estar em campo fazendo esse levantamento de dados de um projeto que contribuirá muito para a sociedade paraibana”, explicou Flávio Romero.
Segundo o procurador de Justiça da Paraíba, Valberto Lira, essa estratégia de estudo será muito importante para que se possa construir um diagnóstico de um problema que atinge não só a sociedade paraibana, mas a brasileira. Ele ainda afirmou que o trabalho em conjunto entre as instituições é fundamental para que a partir de um estudo científico possa se apresentar alternativas de enfrentamento ao Feminicídio na Paraíba.
“Nós agradecemos a iniciativa da UEPB, porque nós precisamos nos aliar. A Universidade com sua parcela e nós que fazemos o Ministério Público com a nossa. Atualmente, o Feminicídio é algo que nos preocupa muito, porque não temos uma noção exata sobre esse tipo de crime. Ele acontece, mas não temos um diagnóstico sobre a figura do agressor nem da vítima e, a partir dessa parceria de todos os órgãos com a UEPB, vamos ter como aglutinar nossas forças e convergir para que possamos ter uma realidade sobre esse mal que atinge toda a população paraibana”, acrescentou Valberto Lira.
Texto e foto: Givaldo Cavalcanti
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