Oficina de Massagem reformula atendimento e atua na modalidade de telereabilitação devido à Covid-19
Devido à pandemia da Covid-19, que exige o distanciamento social para prevenção de contaminação pelo novo coronavírus, o projeto de extensão “Cefaleia do Tipo Tensional e Algias na Coluna: Oficina de Massagem”, desenvolvido pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), sob a coordenação da professora Socorro Barbosa, mudou sua metodologia de atendimento e, agora, está atuando na modalidade de telereabilitação, prestando assistência biopsicossocial aos participantes na iniciativa.
Estão sendo atendidos nesta modalidade os pacientes que se inscreveram no mês de março para atendimento na Clínica de Fisioterapia, quando a UEPB ainda estava no desenvolvimento de suas atividades presenciais. Para realizar a telereabilitação, os 12 extensionistas da “Oficina de Massagem”, coordenados pela professora Socorro e com colaboração da professora Kelly Soares, também do Curso de Fisioterapia, elaboraram um vasto material em PDF, vídeo e áudio para ofertar um serviço de qualidade em Saúde.
Os participantes que aceitaram a nova modalidade estão recebendo orientações posturais, de automassagem, alongamento, postura e relaxamento, guiados por um extensionista, uma vez por semana. O feedback recebido pela equipe do projeto por parte dos pacientes tem demonstrado resultados bastante satisfatórios, uma vez que os participantes relatam os benefícios que percebem em sua qualidade de vida alcançados graças às orientações repassadas pelos extensionistas.
No material elaborado pela equipe do projeto há orientações sobre respiração consciente (método eficaz para reduzir o estresse, trabalhar a ansiedade, proporcionar relaxamento e melhorar o sistema imunológico), postura e exercícios para alívio de tensões nas regiões lombar e cervical, que podem causar cefaleia e algias na coluna. Os extensionistas repassam as informações e interagem com os pacientes pelo Whatsapp, em dia e horário marcados, inclusive por meio de chamadas de vídeo, para melhor orientar as atividades propostas e corrigir possíveis erros na execução dos exercícios.
Em seu atendimento presencial, além das orientações posturais, de alongamento e relaxamento, a “Oficina de Massagem” beneficia os participantes através da massagem terapêutica, minimizando e/ou eliminando algias musculares e cefaleias do tipo tensional, visando à promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Sem a perspectiva de retorno das atividades presenciais, a telereabilitação tem sido a alternativa viável e mais adequada para garantir o bem-estar da população atendida pelo projeto, com segurança em saúde para todos os envolvidos.
A cefaleia é definida como uma algia em qualquer região craniana, facial ou craniofacial. Ela tem uma prevalência muito elevada na população em geral, sendo uma das manifestações clínicas mais comuns na prática médica. Atinge 95% da população mundial. Apesar de ser uma síndrome bastante incapacitante, ela não recebe a devida atenção pelos clínicos, levando não raramente a diagnóstico errôneo e, consequentemente, a um tratamento inadequado.
Causadora de um forte impacto socioeconômico na saúde pública, é a algia que mais prevalece em jovens em idade produtiva. Fatores genéticos explicam o fato da maior suscetibilidade de algumas pessoas a apresentar maior frequência e intensidade mais elevada dos sintomas, sendo preocupação e ansiedade os potenciais desencadeadores do problema. Contudo, há estudos que apontam uma maior frequência desse tipo de cefaleia no gênero feminino, em pessoas com idade inferior a 55 anos e uma estreita relação com o estresse.
Texto: Tatiana Brandão