Parceria interinstitucional favorece o desenvolvimento de pesquisas sobre batata agroecológica na UEPB
A colaboração entre a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), ASPTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e sociedade civil, tem resultado em êxito, no que se refere ao cultivo de batatas agroecológicas, no Agreste paraibano. A ação vem propiciando uma agricultura mais limpa, saudável e livre de contaminação ambiental, além de favorecer a independência das famílias agricultoras envolvidas.
O trabalho, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa coordenado pela professora Élida Barbosa Corrêa, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), do Câmpus II, foi iniciado em 2014, a partir de estudos com a batata agroecológica no Território da Borborema. A iniciativa surgiu após a criação do Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (NERA), do CCAA, que realizou uma aproximação entre a Universidade e a comunidade que trabalha com agroecologia no Estado.
A princípio, o grupo selecionou uma amostragem das doenças que costumavam ocorrer nas ramas e nas batatas colhidas pelas famílias agricultoras. Em seguida, ao lado da ASPTA, foram realizados trabalhos de orientação de manejo ecológico das doenças e sobre a importância da seleção da batata semente.
De acordo com a professora Élida, com a evolução da atividade, aumentou a necessidade das famílias terem batata semente livre de doenças e este foi um ponto chave para dar continuidade à produção. Além disso, todos os resultados das pesquisas vêm sendo compartilhados com os agricultores, favorecendo a difusão do conhecimento sobre produção agroecológica no Agreste da Paraíba.
Evento em Campina Grande
Como resultado dessas pesquisas, entre os dias 24 e 26 de maio, foi realizado o 57º Ciclo de Palestras Álvaro Santos Costa sobre Viroses da Batata e Tecnologia IAC-Broto/Batata-Semente, com ações divididas entre o Banco de Sementes de Lagoa Seca (PB) e na ASPTA, no município de Esperança. Durante os três dias do evento, foram oferecidos seminários e oficinas sobre produção de minitubérculos de batata no Território da Borborema, com a participação dos alunos da UEPB e das famílias agricultoras.
Na ocasião, a professora Élida Barbosa apresentou os trabalhos realizados no Câmpus II, na área de cultivo agroecológico, demonstrando a viabilidade da produção de batata semente orgânica no Agreste paraibano. Segundo ela, os trabalhos quanto a produção de batata semente agroecológica vem crescendo e se desenvolvendo na Paraíba, resultando em ganhos para toda a sociedade e reforçando a base da UEPB no ensino, pesquisa e extensão.
Texto: Giuliana Rodrigues
Fotos: Divulgação
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