Pesquisadores do Mestrado em Ciências Farmacêuticas da UEPB atuam como editores em periódico internacional
Pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) participaram, recentemente, como editores do prestigiado periódico internacional, “Current Pharmaceutical Design”, em edição com a temática “Prospecting of bioactive compounds” (Prospecção de compostos bioativos – em tradução livre). A revista, pertencente à editora Bentham Science Publishers, possui alto fator de impacto na área e é bastante respeitada no campo das Ciências Farmacêuticas.
A docente Ana Cláudia Dantas Medeiros, do PPGCF, e João Augusto Oshiro Júnior, professor colaborador no mesmo Programa, foram editora sênior e editor júnior, respectivamente, da edição 33 do volume 26 da revista, que pode ser conferida neste endereço. Segundo os pesquisadores, foi uma grande honra terem sido convidados para editar o volume, uma vez que o periódico tem aceitação mundial.
Além desta edição do “Current Pharmaceutical Design”, outros quatro pesquisadores do Programa publicaram artigos no mesmo volume, finalizado com a participação de pesquisadores do Brasil, Espanha, França, África, Itália e China. A professora Ana Cláudia relata que em 2018 recebeu convite do referido periódico para publicar um artigo de revisão. “O artigo foi publicado em 2019 e logo depois eles me enviaram solicitação para ser editora convidada de um número do volume 26. Então convidei o professor João Augusto Oshiro Júnior, atualmente em estágio pós-doutoral na UEPB, para organizar o número comigo”, explicou a pesquisadora.
Como editora Sênior, Ana Cláudia não poderia publicar artigo no volume, mas o pesquisador João Oshiro, como editor júnior, pode. O artigo publicado descreve as técnicas de caracterização físico-química que são mais aplicadas em nanosistemas, contendo compostos bioativos. “Nesta revisão, apresentamos as técnicas físico-químicas mais utilizadas atualmente para caracterizar compostos bioativos (CB) em nanocarreadores, e as principais informações fornecidas por cada técnica, como morfologia, tamanho de partícula, grau de cristalinidade, estabilidade a longo prazo, eficácia de encapsulamento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), quantidade de CB liberado em função do tempo, entre outros”, informou Oshiro.
Prospecção de compostos bioativos
No website da revista, há várias edições dentro de um mesmo volume, com grande quantidade de artigos publicados. Ana Cláudia informa que esse alto número é devido à qualidade do periódico, que recebe artigos do mundo inteiro.
“Os critérios deste periódico são bem rígidos, eles só aceitam publicar artigos de pesquisadores que possuem índice H acima de 15. Então enviamos convites para vários pesquisadores de diversas partes do mundo, além da negociação que fizemos para que brasileiros também pudessem enviar manuscritos para serem avaliados”, relata. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o Índice H é um indicativo de qualidade e de notoriedade no segmento científico.
Os escritos são avaliados por consultores renomados e com expertise no tema de pesquisa e que não possuem vínculo de nenhuma natureza com os autores, garantindo que nenhum interesse a não ser a qualidade do artigo seja avaliada. O processo envolve avaliações, correções, aceite e rejeites, tudo acompanhado pelos editores. “Fechamos o número com 10 artigos, sendo seis de pesquisadores fora do Brasil e quatro com autores brasileiros, incluindo três do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas”, afirmou Ana Cláudia.
Fator de impacto
O fator de impacto atual do periódico é 2,208, como está destacado em sua home page. Ana Cláudia Dantas esclarece que, segundo o Journal Impact Factor, o número é uma medida da frequência com que o periódico é citado em um determinado ano. “Ele é usado para medir a importância ou classificação de um periódico, calculando as vezes que seus artigos são citados. Assim, será considerada o melhor periódico aquele que mais pesquisadores citam trabalhos publicados. Isso indica o nível de importância do periódico para os pesquisadores”, disse.
Este índice é publicado todo ano por uma agência internacional que faz o levantamento. “Isto impacta na qualidade de manuscritos enviados para publicar e na possibilidade de pesquisadores conseguirem financiamento, pois, apresentarão resultados de pesquisas em espaço editorial que o mundo todo vê, compartilha e cita”, explanou a docente.
Todo o website e artigos do “Current Pharmaceutical Design” estão em língua inglesa. A professora Ana Cláudia diz que o periódico tem sede nos Emirados Árabes Unidos e com escritório na China, Estados Unidos, Holanda, Índia, Japão e Paquistão, publicando somente artigos em inglês, idioma comum no mundo científico, que alcança um maior número de leitores e assim, há mais chance se ser citado.
Texto: Juliana Rosas