Por uma nova normalidade: Educação para a paz é tema de roda de diálogo com a participação da UEPB
A construção de um novo normal implica na promoção de estratégias educativas dialógicas, participativas e emancipatórias. Nesse sentido, as práticas educacionais para a paz surgem como alternativas capazes de fomentar a reflexividade crítica, os afetos e a solidariedade entre os povos.
Partindo dessa assertiva, um grupo de pesquisadores latino-americano, dentre eles o pesquisador do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Paulo Kuhlmann, realiza nesta sexta-feira (26), às 18h, uma transmissão ao vivo pela página da campanha “Uma nova normalidade” com a temática “Educação para a paz”.
Além do pesquisador da UEPB, participam da roda de diálogo a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Elanne Cannuto; e a pesquisadora mexicana Lucia Rodriguez Mc Keon. A atividade será mediada pelo pesquisador do Instituto Universitario en Democracia, Paz y Seguridad (UNAH) de Honduras, Esteban Muslera. O evento, que é voltado sobretudo para estudantes e professores, é gratuito e faz parte de uma série de ações formativas da campanha por “Uma Nova Normalidade”.
Vinculado à graduação e ao mestrado em Relações Internacionais da UEPB, com doutorado em Ciência Política, o professor Paulo Kuhlmann tem empreendido há anos diversas iniciativas relacionadas aos estudos para a paz, tornando-se referência nessa área de pesquisa. Dentre estas ações estão as atividades do Grupo de Estudos de Paz e Segurança Mundial (GEPASM/UEPB), que o docente coordena em parceria com o professor da UFPB, Marcos Alan Ferreira, e o Projeto UEPB em Ação, também coordenado por Paulo Kuhlmann e que conta com iniciativas de segurança humana, emancipação e cultura de paz nas comunidades adjacentes ao Câmpus V da UEPB.
Dentre as ações já implementadas pelo PUA estão a alfabetização e o letramento; fortalecimento dos artistas locais e clown, com palhaços desenvolvendo atividades lúdicas na comunidade, buscando diminuir animosidades e criar interações positivas. Tais iniciativas já foram realizadas em presídios, asilos, creches e escolas públicas.
Além disso, são diversas as pesquisas publicadas em eventos, periódicos e que resultam em Trabalhos de Conclusão de Curso de discentes da graduação e pós-graduação em Relações Internacionais que tratam da temática de estudos para a paz. Recentemente foi lançado o livro “Estudos para a paz: conceitos e debates”, organizado pelos pesquisadores Paulo Kuhlmann, Marcos Alan Ferreira e Roberta Maschietto, e produzido em parceria com acadêmicos do Brasil, Portugal, Moçambique e Estados Unidos.
Por uma nova normalidade
“Uma nova normalidade” é uma campanha de comunicação para a paz, impulsionada pelo Conselho Latino-americano de Investigação para a Paz (CLAIP), cuja finalidade é gerar uma corrente de opinião crítica sobre a normalidade antes do início da pandemia. Esta campanha pretende estimular o compromisso do cidadão com a construção participativa de uma nova normalidade, justa e necessária, por meio da conscientização e reflexão coletiva.
Além dos membros da UEPB, como o professor Paulo Kuhlmann, o docente Fábio Nobre; a técnica administrativa, Maria Ellem Maciel; e demais integrantes do GEPASM/UEPB e do PUA, a iniciativa também conta com o a participação de representantes da Revista Latinoamericana Estudios de la Paz y el Conflicto (Latinoamérica), Jóvenes Voluntari@s Universitari@s por la Paz (Honduras), Global Unity Sumak Kausay AC (México) e do Centro Internacional de Estudios sobre Democracia y Paz Social (Argentina).
Por meio desta iniciativa, o grupo pretende gerar uma corrente internacional de opinião crítica sobre a necessidade de construção coletiva de uma nova normalidade pós-pandemia. “Pensar uma volta à normalidade é o que todos queremos. Uma sociedade na qual o vírus não mais nos atormente, restrinja e amedronte. Entretanto, a Covid-19 evidenciou uma série de questões graves que já tínhamos na ‘normalidade’ em que vivíamos. O sucateamento do sistema de saúde, a falta de água e saneamento básico para grande parte da população, pessoas que passam fome num país exportador de alimentos, dentre tantos outros problemas. Num momento crítico como este, pensar o que queremos e para onde vamos é fundamental. Por isso, pensamos nesta campanha por uma nova normalidade possível, desejável e que precisamos lutar para alcançar”, resume o docente.
A campanha também está sendo desenvolvida nas principais redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram, utilizando o slogan “Uma nova normalidade é possível e necessária” e a hastag #UmaNovaNormalidade.
Texto: Juliana Marques
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