PRPGP promove webinário para discutir autoavaliação dos programas de Mestrado e Doutorado da UEPB
Considerado um dos principais gargalos da pós-graduação no Brasil, a autoavaliação dos programas de Mestrado e Doutorado está recebendo uma atenção especial da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Para fortalecer as ações e proporcionar uma melhor preparação dos programas stricto sensu da Instituição no que diz respeito à próxima avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), foi realizado na quarta-feira (5), um webinário com os coordenadores, coordenadores adjuntos e professores dos programas de pós-graduação da UEPB para discutir sobre os aspectos da autoavaliação.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) da UEPB promoveu o encontro virtual e convidou o professor Robert Verhine, coordenador do Grupo de Trabalho de Autoavaliação da Capes, para comandar a discussão. Este encontro serviu para ampliar o processo de formação e preparação das comissões próprias dos Programas de Pós-Graduação da UEPB, em relação à autoavaliação que os cursos de Mestrado e Doutorado precisarão desenvolver junto à Capes. De acordo com a professora Maria José Lima, pró-reitora de Pós-Graduação, essa metodologia de autoavaliação é nova e, por isso, está recebendo uma atenção especial.
“Nós trouxemos uma pessoa que faz parte do GT de autoavaliação da Capes justamente por ela conhecer os caminhos que precisam ser seguidos. A UEPB já está trabalhando e dando suporte para que todos os programas entendam bem como essa autoavaliação funciona. Esse webinário foi muito bom, porque foram apresentadas algumas ferramentas indispensáveis para essa metodologia, além da participação de praticamente todos os programas da pós da UEPB que estão muito empenhados em seguir os passos necessários para uma boa avaliação da Capes”, explicou professora Maria José.
Segundo Robert Verhine, a autoavaliação é um processo conceituado e autogerido pela comunidade acadêmica, o que envolve a participação de distintos atores da academia ou externos a ela (docentes, discentes, egressos, técnicos e outros), nos níveis hierárquicos diversos, dos estratégicos aos mais operacionais. Dessa forma, os resultados da autoavaliação são melhores apropriados quando são frutos do trabalho participativo. Ele ainda destacou que a autoavaliação possibilita uma reflexão sobre o contexto e políticas adotadas, além da sistematização dos dados que levam à tomada de decisões.
“O ponto crucial da sistemática da avaliação proposta é a mudança do foco do processo avaliativo. Ao invés da Capes receber os resultados da autoavaliação realizada pelos programas, a Agência deverá acompanhar como os programas de pós-graduação estão conduzindo suas autoavaliações. Desta maneira, cada programa poderá propor um delineamento de autoavaliação apto a captar aspectos pertinentes a sua missão e seus objetivos, incluindo aqueles relativos à sua inserção no contexto social/internacional e a suas escolhas científicas específicas. Trata-se, na prática, de colocar em ação o processo de detectar pontos fortes e potencialidades, tanto quanto discriminar pontos fracos dos programas e prever oportunidades e metas”, explicou Robert.
Ainda de acordo com o professor, deve-se estabelecer metas com clareza para que toda a comunidade acadêmica se perceba representada durante esse processo. Ele ainda destacou que, nesse processo de autoavaliação, a Capes deve recomendar que os programas considerem estabelecer um diálogo com os quesitos e itens estabelecidos na ficha de avaliação, visto que, no seu conjunto, tais elementos representam ingredientes de qualidade considerados essenciais. “Na visão do nosso GT, a autoavaliação constitui o relato detalhado, por parte do Programa, sobre seus procedimentos e instrumentos de autoavaliação. Na Capes, a ‘avaliação da autoavaliação’ seria um item da nova ficha de avaliação, como componente do quesito Proposta do Programa, dando peso ao referido quesito”, acrescentou.
A pró-reitora Maria José Lima confirmou que, atualmente, a Instituição conta com 29 programas de Pós-Graduação, sendo 21 de Mestrado e oito de Doutorado. Ainda, segundo ela, nas últimas avaliações da Capes nenhum programa da UEPB teve a nota de seu conceito reduzida ou foi descredenciado pela Capes. “Isso mostra o que temos feito em termos de conquistas para a pós-graduação na UEPB e prova que estamos nos preparando para que, nas próximas avaliações quadrienais, nossos programas continuem subindo de conceito e também ampliem de alcance, com a abertura de outros cursos de Doutorado, por exemplo”, destacou Maria José Lima.
Texto: Givaldo Cavalcanti
Imagem: Reprodução da sala virtual
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