Pró-Reitoria de Cultura faz exposição no Museu de Arte Popular alusiva aos seis anos do Bloco da Cinquentinha
Nesta quinta-feira (11), a Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) realiza uma exposição alusiva ao Bloco da Cinquentinha. O evento ocorrerá no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande, às 16h, com um público restrito, seguindo todos os protocolos de segurança no que se refere à pandemia da Covid-19. A iniciativa terá transmissão on-line por meio do canal Rede UEPB, no Youtube.
A exposição é preparada exclusivamente para o momento, visando recordar os seis anos do Bloco e agradecer aqueles que desde o começo o apoiaram. Assim, serão exibidos estandartes e diversos adereços de várias agremiações e grupos, a exemplo do Boi Unidos do Quarenta, Boi Racionais (do bairro Rosa Mística), Unidos da Liberdade, Batuque Ayan, Bambas do Ritmo, Acauã da Serra, Jacaré do Açude Velho e Bloco da Saudade, entre outros.
“Vacina Já: uma dose de esperança” é o tema que norteará a ocasião. A Orquestra Jovens da Borborema, oriunda do Centro Artístico Cultural (CAC) da UEPB, fará uma apresentação artística. Na oportunidade, será feita uma homenagem ao professor José Benjamim Pereira Filho, idealizador do Bloco e, ainda, ao carnavalesco Zé Neto (in memorian), conhecido por seu trabalho em Campina no que trata da organização do chamado “Carnaval Tradição”.
O Cinquentinha deu seus primeiros passos timidamente, em 2016, no Câmpus I, em Bodocongó. E, naquele início, já estavam presentes os elementos que o consolidariam: marchinhas, pierrôs, confete, serpentina, arlequins, colombinas, companhias de dança, batucadas de esquenta, passistas, enfim, a pluralidade colorida que desejava também reaver o brilho dos carnavais de antigamente. De lá para cá, contabilizou-se nele, em média, a participação de 4 mil pessoas.
Um pouco mais de história
Conectada às novas roupagens vestidas pelos movimentos sociais que têm a democratização como âncora, a UEPB abraçou em grande estilo a retomada dos folguedos de Momo na Rainha da Borborema: criou seu próprio bloco e pôs na rua. Surgia, assim, o Cinquentinha, almejando celebrar o jubileu de ouro da Instituição e convidando o povo a se reapropriar da cidade enquanto espaço comum e lugar de fruição.
A iniciativa foi planejada pelo então pró-reitor adjunto de Cultura da Universidade, José Benjamim Pereira Filho. O docente arquitetou a ideia do Bloco com o intuito de alvissarar a grandeza da UEPB, pois a Instituição completava 50 anos. O objetivo era marcar a efeméride e, naquele ano, o Cinquentinha ganhou até uma marchinha escrita pelo próprio Benjamim, com a ajuda do maestro Jomar Souza. Por muitos anos, Jomar foi professor do Curso de Filarmônica do Centro Artístico da UEPB e auxiliou o pró-reitor adjunto e amigo na hora de ajustar o ritmo da composição.
O Bloco dispensa o monocromático carnaval dos clubes fechados ou de qualquer coisa que separe os foliões da vontade de brincar, e foi com esta simpática e despretensiosa proposta que obteve uma maciça adesão da comunidade acadêmica e dos moradores do município. Em todo esse tempo, o Cinquentinha só cresceu: a partir de 2018, passou a ter como sede as ruas principais de Campina, com concentração no CAC e, em 2019, o Bloco ingressou na agenda do Carnaval oficial da cidade, integrando o “Campina Folia” – projeto que engloba as manifestações de Momo em Campina, a exemplo das escolas de samba, dos papangus e la ursas.
Texto: Oziella Inocêncio
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