Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa dialoga com a Capes para buscar melhorias e consolidação de cursos
Após um intenso diálogo junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e debates recentes no âmbito da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) participou, nesta terça-feira (20), do lançamento do Programa de Redução de Assimetrias na Pós-graduação (PRAPG), ligado à Capes.
O objetivo do programa é contribuir para a redução das assimetrias regionais identificadas no âmbito do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), por meio da consolidação dos Programas de Pós-graduação (PPGs) que obtiveram nota 3 (três) nos últimos três ciclos avaliativos coordenados pela CAPES (2013-2017-2021).
Nesse sentido, essa iniciativa prevê o retorno do aporte federal a estes programas e a suplementação de recursos conforme previsto nas propostas que forem aprovadas no referido Programa, com verbas de capital, custeio, bolsas e recursos para a vinda de professores visitantes. A perspectiva é que essa iniciativa contribua com a formação de recursos humanos de alto nível, a qualificação docente, melhoria da infraestrutura e aproveitamento das vocações e potencialidades de cada programa.
De acordo com o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa e representante da Abruem na comissão responsável pela elaboração do novo Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG), professor Francisco Jaime, essa iniciativa, que deve contemplar três programas de Pós-graduação da UEPB (Desenvolvimento Regional, Farmácia e Saúde Pública), reflete um enfrentamento às desigualdades socioeconômicas do país, que reverberam no desenvolvimento da pós-graduação em algumas regiões.
“A pós-graduação no Brasil enfrenta algumas assimetrias presentes, sobretudo, em câmpus interiorizados, que estão diretamente vinculadas a dificuldades de vínculo de pesquisadores, desafios estruturais e financeiros que refletem no índice de avaliação destes programas. Mas, avaliamos que é preciso considerar não apenas as notas e a produtividade, mas, compreender o papel destes programas no desenvolvimento da região em que se inserem, a importância na formação de pessoas, pois, estas pessoas é que transformam o país. Na UEPB, por exemplo, se analisarmos o Mestrado em Desenvolvimento Regional, temos um vice-governador, secretários de estado, que cursaram essa pós-graduação na busca por qualificação para contribuir com a transformação da realidade dos locais em que atuam. Cada programa tem uma potencialidade. Portanto, esse novo programa da Capes considera essa conjuntura e deverá nos auxiliar no impulsionamento e consolidação destes programas”, avalia o professor Francisco Jaime.
O Programa da Capes prevê o financiamento de até 100 projetos, sendo 50 propostas da região Nordeste, que podem ser beneficiadas com R$ 40 mil de verbas de custeio, e R$ 40 mil de recursos de capital.
Texto: Juliana Marques