Produção de algodão no CCHA inova com biofertilizantes naturais incentiva agricultura familiar no Sertão
Sustentabilidade, economia e incentivo à agricultura familiar. Uma pesquisa desenvolvida pelo Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus IV, localizado em Catolé do Rocha, tem fortalecido o a cultura do algodão orgânico e incentivado o empreendedorismo e a agricultura familiar de forma sustentável e atraído empresários do setor.
Desenvolvido em parceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER), a pesquisa fez ressurgir no Sertão o interesse dos produtores pelo cultivo e orgânico irrigado. A ideia do estudo melhorou o resultado do plantio do algodão e com isso favoreceu a agricultura familiar a partir do uso de biofertilizantes fabricados utilizando produtos naturais encontrados nas propriedades dos agricultores.
A iniciativa envolve professores, estudantes dos cursos de Agronomia, técnicos em Agropecuária e extensionistas daEMPAER, além de produtores da microrregião de Catolé do Rocha. Para produzir o biofertilizantes, os pesquisadores, conforme explicou o estudante Vinicius Fidelis, usam produtos orgânicos como esterco bovino, rocha, cinzas de madeira, leite, açúcar.
Os estudantes e professores envolvidos na pesquisa realizaram mais um dia de campo para mostrar os resultados do estudo. Durante a atividade, eles apresentaram pela segunda vez as tecnologias de produção orgânica do algodoeiro irrigado e a maneira mais viável de comercialização do produto. Os produtores receberam informações sobre o cultivo sustentável com a oportunidade de desenvolver um trabalho com o algodão agroecológico abrindo mercados com fibras sustentáveis.
Entre os presentes no evento, destaque para o empresário português, Pedro Manuel Nunes Ferreira, consultor executivo têxtil, e o empresário da cidade de São Bento, Armando Dantas, proprietário das Redes Santa Luzia, que investe no cultivo do algodão usado na produção de redes do Sertão paraibano. Além de investir na produção, Armando Dantas também compra o algodão produzido no Sertão. Já o empresário Pedro Manuel Nunes Ferreira se encontra no Brasil e tomou conhecimento da pesquisa desenvolvida pelo Câmpus IV e teve interesse em fazer uma visita ao CCHA para conhecer detalhes da produção de algodão na região.
Coordenada pelo professor José Geraldo, que tem incentivado a produção do algodão colorido orgânico na região sertaneja, e mostrado aos produtores o manejo correto no plantio, adubação e preparo do solo, além do uso do biofertilizante, o docente garantiu a eficácia dos biofertilizantes realizada desde 2019 e que tem contribuído para melhorar a produção do algodão de forma orgânica e sustentável, seja ele, nas cores branco e colorido. Ele garantiu que a pesquisa tem ajudado a melhorar a fertilidade do solo, aumentado a produção, diminuindo os cursos e incentivado o lucro dos produtores da região.
O professor Edivan da Silva Nunes Júnior, ex-diretor do Câmpus IV, e atualmente pró-reitor de Ensino Médio Técnico e Educação a Distância, destacou as resultados satisfatórios da pesquisa e o dia de campo que, segundo ele, é uma ação extremamente rica para incentivar e difundir as pesquisas em torno do algodão colorido.
“O resultado dessa pesquisa tem sido satisfatório, principalmente para o pequeno produtor. Essa pesquisa torna-se importante também pelo fato de beneficiar a produção do algodão na região. A tendência é que a partir dessa pesquisa, tenhamos novos produtores na região, o que estabelece o soerguimento da cultura no Sertão paraibano”, destacou o professor Edivan.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Divulgação (Arquivo Pessoal)
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