Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde realiza curso sobre navegação de pacientes
Em uma iniciativa pioneira, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) Interprofissionalidade, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande (SMS), promoveu, na manhã desta segunda-feira (28), uma discussão sobre navegação de pacientes na rede hospitalar. A discussão, ainda considerada inédita para alguns profissionais de Saúde, aconteceu dentro da 6ª Formação do PET, realizada no anfiteatro do Departamento de Farmácia, no Centro de Ciências Biológicas da Saúde (CCBS), no Câmpus I.
A formação foi aberta pela professora Dóris Nóbrega, que destacou a importância do PET Saúde trazer para o debate uma temática relevante para os profissionais de Saúde. O curso “Navegação de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCTN), Visão geral e competências do navegador”, foi ministrado pela enfermeira Juliana Almeida, especialista em Oncologia. A formação reuniu estudantes e professores de sete cursos da UEPB, além de profissionais que atuam na área na Rede Municipal de Saúde.
Em sua fala, Juliana Almeida destacou o que é a navegação, os princípios e de que maneira esse programa pode ser implementado para garantir uma boa assistência aos pacientes. Ela explicou que a navegação é um modelo centrado no melhor cuidado do paciente. “A gente sai deste modelo biométrico que só está preocupado em quantidade e vai para a qualidade da assistência prestada. Nesse momento, em que a gente está vivendo com muitas doenças crônicas não transmissíveis, é interessante que a gente se volte para esse cuidado mais centrado no paciente e não na quantidade”, observou.
Juliana Almeida ressaltou que essas informações são importantes para os estudantes, professores e profissionais de Saúde que atuam no PET, diretamente com o trabalho de campo. “Na verdade, existem muitos navegadores por aí que não estão sendo usados. É importante a gente sistematizar esse trabalho”, acrescentou a especialista lembrando que a navegação começou na oncologia com pacientes de curso, mas que hoje já podm ser usada para pacientes com doenças crônicas e pacientes com HIV/AIDS, como forma de garantir o tratamento.
A navegação de pacientes é uma metodologia recente, que chegou ao Brasil no início da década de 2010 e que diz respeito, basicamente, à jornada do paciente. Ela envolve tanto o relacionamento entre profissionais da Saúde e pacientes, quanto à integração processual dos hospitais e clínicas de atendimento. A professora Dóris Nóbrega explicou que o PET Saúde na versão 2022 e 2023 tem como eixo a temática “Gestão e Assistência” Ela explicou que o Programa funciona com o corpo docente formado por tutores da UEPB, preceptores que são profissionais de Saúde do município e estudantes da Instituição.
O PET está organizado em cinco grupos tutoriais e entre os objetivos, visa garantir o fortalecimento da articulação ente serviço, ensino e comunidade, na organização e estruturação das redes de atenção da pessoa idosa e com doenças crônicas, além de promover ações de gestão e assistência em todos os níveis de atenção à saúde da pessoa com hipertensão, diabetes e idosa.
Conforme destacou a professora Dóris, o Programa procura ainda desenvolver competências e habilidades específicas que possibilitem aos estudantes atuarem nos diversos cenários de prática na atenção à saúde dos pacientes assistidos pela rede. Concebido dentro do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o PET é formado atualmente por mais de 70 pessoas, entre professores estudantes bolsistas dos cursos de Odontologia, Enfermagem, Farmácia, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física; Serviço Social e preceptores que são profissionais da Secretaria de Saúde.
Texto e fotos: Severino Lopes
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