Programas de Pós-graduação são contemplados em editais da Capes com aporte superior a R$ 2 milhões
Os Programas de pós-graduação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) foram contemplados, recentemente, em dois editais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que devem resultar num investimento superior a R$ 2 milhões. A perspectiva é que o aporte financeiro já esteja disponível neste mês de dezembro de 2023 e possa oportunizar a implementação de ações extensionistas pelos programas de pós-graduação e a melhoria nos indicadores de cursos cuja nota de avaliação tenha sido igual a 3 nos ciclos avaliativos mais recentes da Capes em 2013, 2017 e 2021.
Uma das propostas aprovadas foi apresentada pela Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) e contemplada no âmbito do Programa de Extensão da Educação Superior na Pós-graduação, que permitirá o desenvolvimento de ações extensionistas em três eixos: popularização e divulgação da ciência; saúde; e meio ambiente e agricultura familiar.
De acordo com a coordenadora desta iniciativa, professora Ana Paula Bispo, espera-se promover uma maior articulação dos 22 Programas de Pós-graduação com outros atores sociais possibilitando a construção do conhecimento a partir dos eixos apresentados. O pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, professor Francisco Jaime, enfatiza que as ações a serem realizadas no âmbito deste Programa não serão realizadas de forma isolada por nenhum dos programas. “A ideia é que possamos traçar intervenções a serem realizadas a partir de ações conjuntas nas quais cada programa trará sua experiência e contribuição qualificada”, explica.
O programa conta com um investimento de R$ 319.600 para serem utilizados em ações de extensão durante três anos. Em fevereiro de 2024, após o período de férias coletivas, será iniciado o planejamento das ações e construção do cronograma de atividades.
Programa de Redução das Assimetrias
A UEPB teve duas propostas aprovadas no âmbito do Programa de Redução de Assimetrias da Pós-graduação (PRAPG), que visam contribuir com a redução das disparidades regionais no âmbito do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), por meio da consolidação dos Programas de Pós-graduação (PPGs) que obtiveram nota 3 (três) nos últimos três ciclos avaliativos da Capes (2013-2017-2021).
Foram contemplados com o incremento o Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) e o Programa de Pós-graduação em Ciências Farmaceuticas (PPGCF), que devem receber, cada um, um aporte de pouco mais de R$ 1 milhão a serem investidos em verbas de custeio, capital e bolsas, para estudantes, docentes visitantes do Brasil e do exterior, e pós-doutorado para professores(as) do Programa.
Para o coordenador do PPGDR, professor Rafael Xavier, essa mudança na política implementada pela Capes permitirá que o Programa possa superar limitações como a escassez de bolsas para discentes, o que dificultava no desenvolvimento de pesquisas com dedicação exclusiva, permitirá o intercâmbio com pesquisadores de centros de excelência e possibilitará a mobilidade docente, o que deve resultar, a curto prazo, na implementação de parcerias e promover pesquisas de alto nível, e a longo prazo, na melhoria da nota do Programa e ao cadastramento do curso de Doutorado.
Com relação ao PPGCF, o coordenador, professor Harley da Silva Alves, contextualiza que em 2023 o Programa teve todas as bolsas de demanda social da Capes retiradas, e a implementação desse incremento possibilitará a retomada do trabalho de bolsistas, que se converte em publicações em periódicos de impacto, depósito de patentes, produção de medicamentos, dentre outras ações, além de permitir a vinda de pesquisadores de referência do Brasil e exterior, e o envio de docentes do Programa para pós-doutorado. “Além das bolsas, teremos recursos de verba de custeio, para a compra de mais insumos para as atividades dos laboratórios, e verba de capital que nos permitirá, a partir da realocação e aquisição de equipamentos, a montagem do nosso laboratório de cultura de células que nos trará maior independência, já que precisávamos da colaboração de parceiros para realizar os testes para desenvolvimento das nossas pesquisas”, comemora o professor Harley.
Além dos programas da UEPB, foram contemplados no Programa de Redução de Assimetrias outros 100 programas de pós-graduação do país, sendo 50 destes oriundos da região Nordeste, 15 do Centro-Oeste, 15 do Sudeste, 13 do Norte e sete do Sul. A concepção do Programa e a destinação de uma maior cota para os Programas do Nordeste foi fruto de debates e articulações realizadas desde o início do ano pela PRPGP da UEPB, associada a outras Instituições de Ensino Superior nordestinas.