Projeto de extensão do Câmpus de Lagoa Seca realiza curso sobre prevenção de acidentes com abelhas

Projeto de extensão do Câmpus de Lagoa Seca realiza curso sobre prevenção de acidentes com abelhas
4 de dezembro de 2023

Com o intuito de ajudar as pessoas a prevenir acidentes e se conscientizarem da preservação das abelhas, surgiu o projeto de extensão “Estratégias educativas na preservação das abelhas e prevenção de acidentes em municípios paraibanos”, do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado em Lagoa Seca. Na última semana, o projeto realizou ação de prevenção junto ao Corpo de Bombeiros do município de Riacho de Santo Antônio (PB).

O projeto tem coordenação dos professores do CCAA, Alde Cleber Silva e Janaína Mendonça Soares. A primeira ação foi no município de Riacho de Santo Antônio, no último dia 30 de novembro, com participação do 7º Batalhão de Bombeiro Militar, Prefeitura Municipal de Riacho de Santo Antônio e Associação Cultural e Agrícola dos Jovens Ambientalistas da Paraíba (Acajaman).

“Realizamos uma reflexão para identificar medidas de planejamento e tomada de decisão, para a redução de acidentes, em tempo oportuno, e propor soluções”, disse a professora Janaína Soares. Ela explicou que a chegada da primavera – época em que aumenta a incidência de enxames de abelhas em áreas urbanas – provoca, em alguns casos, a ocorrência de acidentes. E o projeto objetiva conscientizar a população sobre a preservação das abelhas e fortalecer a prevenção de acidentes, lançando mão de treinamentos e minicurso.

Na sexta-feira (1º), foi realizada a parte prática do curso, mostrando como se deve realizar uma captura, manejo diário e transferência do enxame capturado da caixa isca para o ninho. “Os cuidados com a segurança no manejo são fundamentais e devem orientar as práticas apícolas como um todo”, pontuou a professora Janaína. Entre as recomendações para a prevenção de acidentes está a observação da distância mínima de segurança de residências, locais de circulação de pessoas e estar com outros animais presos para a instalação dos apiários. Novos enxames podem se alojar em áreas urbanas, principalmente dentro das casas e quintais, beirais de edificações, postes de iluminação pública, ocos de troncos de árvores, fendas em muros e paredes.

Dados
A docente contou que essa constatação tem levado a uma preocupação dos órgãos públicos de saúde e de segurança, pois os acidentes com abelhas em áreas urbanas têm aumentado nos últimos anos. Na última década, a quantidade de acidentes com abelhas notificados no Brasil cresceu 126%. Entre 2013 e 2022, a quantidade de notificações, por ano, passou de 10,7 mil para 24,2 mil.

Janaína Soares explicou que os primeiros meses do projeto foram dedicados a fazer um levantamento dos locais onde mais havia acidentes com abelhas na Paraíba, sendo em Riacho de Santo Antônio um destes lugares, daí a escolha para a primeira ação. Também foram preparados folders, questionário e parte teórica do minicurso. A professora Janaína disse que a projeto surgiu principalmente por lhe chegar dados sobre a insatisfação dos bombeiros em exterminar as colmeias quando eram chamados nestes casos.

“Nosso principal objetivo é conscientizar as pessoas da preservação das abelhas e sua importância para o meio ambiente. Ao encontrar uma colmeia, não é necessário o extermínio”, explicou. Ao realizar a captura, os bombeiros podem enviar as abelhas para o apiário da UEPB e, assim, ajudar na preservação.

Texto: Juliana Rosas
Fotos: Divulgação