Projeto de extensão lança plataforma com foco na produção cultural da Região Imediata de Campina Grande
O dia 21 de maio é considerado pela ONU o dia Mundial da Diversidade Cultural, data emblemática para o lançamento de um projeto que visa divulgar ações e feitos de artistas, grupos, coletivos e ativistas que atuam na área cultural na cidade de Campina Grande, Região da Borborema, que não dispõem de fomento ou recursos para a divulgação de seus trabalhos. Trata-se do Campina Cultural, um projeto de extensão da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que usará o jornalismo cultural enquanto ferramenta, e as mídias digitais como espaço de visibilidade a serviço desses sujeitos e suas produções.
O projeto foi idealizado pelos estudantes do curso de Jornalismo, Bruna Araújo e Eduardo Gomes e é desenvolvido com apoio técnico da discente Ana Luísa Rocha, sob a coordenação da professora do Departamento de Comunicação Social, Ada Guedes. A equipe conta ainda com a colaboração do professor e Pró-Reitor de Cultura, professor José Cristóvão de Andrade.
“A ideia surgiu quando percebi a ausência da visibilidade de grupos e atividades culturais da nossa região pela mídia geral. A partir disto, senti a necessidade de levantar essas questões não apenas com a comunidade, mas também com o próprio meio acadêmico. A prática do jornalismo cultural não está focada apenas em relatar os fatos, é inspirador conhecer cada história e certamente é uma experiência única”, relata Bruna.
Conforme a Unesco (2009, p. 20), grupos culturais minoritários “em parte não tem acesso a cargos editoriais, de gestão, ou de tomada de decisão quanto ao que é publicado ou não nos veículos de mídia”. Para a coordenadora Ada Guedes “as mídias digitais são espaços mais democráticos de comunicação e se constituem hoje os canais mais acessados. Fazer circular, nesses espaços, as produções culturais de nossa gente é garantir alcance e visibilidade entre jovens, adultos, enfim, pessoas de diferentes conjunturas sociais”.
As atividades do projeto incluem ainda o engajamento dos estudantes do curso no exercício do jornalismo cultural bem como dos demais universitários no debate sobre estímulo e preservação da cultura local e regional. “Ser voluntária neste projeto é gratificante, por saber que posso impactar positivamente, através do jornalismo cultural a vida de artistas e dos diversos públicos que esperamos alcançar”, comentou a estudante Ana Luísa.
A plataforma do projeto está disponível nos formatos para computador e versão móvel, através do endereço eletrônico: www.campinacultural.com. No site, além das matérias publicadas nas três editorias: Fato, Feito e Gente, foi desenvolvido um espaço inteiramente dedicado para os visitantes contribuírem com possíveis sugestões de pautas. Nas redes sociais, o projeto se identifica como @campinacultural no perfil do Instagram.
Texto: Ada Guedes (Professora DECOM)