Projeto desenvolvido no Câmpus IV potencializa a cultura do maracujá-amarelo no Semiárido paraibano
Sementes lançadas no solo que germinam e produzem flores e frutos. Pesquisas e o emprego de técnicas que tornam mais eficiente a cultura do maracujazeiro e podem impulsionar o desenvolvimento econômico da região. Apesar das condições climáticas desfavoráveis em alguns períodos do ano, o cultivo do maracujá se apresenta como uma alternativa sustentável no Semiárido paraibano.
É o que aponta uma pesquisa desenvolvida por um grupo de alunos do curso de graduação em Agronomia e do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária, do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus IV, localizado na cidade de Catolé do Rocha, Sertão da Paraíba.
A iniciativa que vislumbra principalmente a boa perspectiva econômica que a cultura oferece e busca melhorar a renda familiar, aproveitando as potencialidades agrícolas e as propriedades do maracujá, conta com a participação de discentes do Programa de Pós-graduação em Ciências Agrárias da Instituição. O projeto, coordenado pelo professor Evandro Franklin de Mesquita, está sendo desenvolvido em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) que financia a iniciativa. E os primeiros resultados deixaram os pesquisadores animados.
Graças à iniciativa, os frutos ficaram maiores, com mais sabor e vitaminas. A produção de frutos colhidos por hectare também cresceu, e o fruto também ficou maior. Segundo o professor Evandro Franklin de Mesquita, o projeto está transformando o potencial da fruticultura, com o cultivo do maracujá-amarelo na região do Alto Sertão paraibano, através de práticas conservacionistas da cobertura morta associada com silício, elemento benéfico às culturas e que contribui como atenuador de estresses ambientais.
O experimento está sendo desenvolvido no terceiro ano e contribuindo para fortalecimento do cultivo do maracujazeiro, além de possibilitar o convívio no clima Semiárido com a adoção de técnicas agronômicas que minimize os efeitos adversos dos fatores climáticos, e, ao mesmo tempo, oferecer novas alternativas para o desenvolvimento da agricultura familiar. Resultados promissores foram obtidos em anos anteriores com produtividade média 21 t/há.
A equipe de pesquisadores presta assistência técnica aos produtores da microrregião de Catolé do Rocha, levando a pesquisa ao produtor e contribuindo para o desenvolvimento da agricultura. O projeto de pesquisa consta de um aluno de Iniciação Cientifica e duas pesquisas vinculadas ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias, sob orientação do professor Evandro Franklin de Mesquita e coorientação dos professores Alberto Soares de Melo e José Felix de Brito Neto.
Também fazem parte da equipe 15 estudantes do grupo de pesquisa SOLAPLANT e dos professores José Geraldo Rodrigues dos Santos, Elaine Gonçalves Rech e Irinaldo Pereira da Silva Filho. “Nós já tivemos resultados ótimos, principalmente de produtividade quando foram colhidas 20 toneladas por hectare. O peso médio do fruto ficou entre trezentas e quatrocentas gramas. Aumentou muito a qualidade do fruto”, destacou o coordenador.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal
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