Projeto Humaniza Bosque do Câmpus III recebe nome do professor Carlos Antônio Belarmino Alves
Um lugar de contemplação da paisagem, práticas de lazer, relaxamento e ao mesmo tempo um espaço de aprendizagem sobre as questões ambientais e ecológicas. Esta é a proposta do Humaniza Bosque Carlos Antônio Belarmino Alves, construído no Centro de Humanidades (CH) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus III, localizado na cidade de Guarabira. O espaço é fruto do projeto de extensão “Planejamento e Gestão Ambiental”, implantado em 2019, pela professora da Especialização em Geografia e Território Planejamento Urbano, Rural e Ambiental, Luciene Arruda e pelo professor Carlos Belarmino, falecido em 22 de junho do ano passado em decorrência de complicações pela Covid-19.
A ideia de homenagear o professor Belarmino e batizar com o nome dele o local foi do grupo de professores que conviveram com o docente e conheceram a luta e empenho do docente em prol da educação. Conforme descreveu a professora Luciene Arruda, Carlos Belarmino foi um amante da natureza e da educação, e usou dos seus conhecimentos para dar vida ao “Humaniza Bosque”.
Como forma de homenagear o professor no primeiro aniversário de sua morte, o grupo de docentes do Câmpus III realizará uma ação no próximo dia 22 de junho. Um painel foi confeccionado contando um pouco da história e do legado dele. A ação será realizada com presença dos familiares do professor Carlos, em um dos locais preferidos dele, seguindo os protocolos de segurança em prevenção à Covid-19. A professora Luciene Arruda lembrou que a iniciativa que o professor Belarmino sonhou e ajudou a idealizar, hoje conta com quatro mini-projetos desenvolvidos em um espaço de mais de um hectare, voltados para o desenvolvimento sustentável, como a preparação do bosque com cultivo de mudas para recebimento de visitas.
O projeto também tem uma ação voltada para recebimento de escolas, como forma de incentivar a construção de espaços verdes, além do reaproveitamento de materiais do câmpus, além da construção de um orquidário com plantas doadas pelo professor Carlos Belarmino. Ela contou que o professor conhecia todo o tipo de plantas e por isso, deu grande contribuição para a implantação do bosque. Em pouco mais de ano de funcionamento, o “Humaniza Bosque” conseguiu arborizar parte da área no entorno do Centro.
Ao todo, 150 mudas já foram plantadas nas espécies de cajá, aroeiras, mangueira, jenipapo, cuité, angico, jaca, pitomba, sucupira, coqueiro, palmeiras, cajazeiras, ipês, entre outras previstas no projeto. A ideia era fazer o bosque com plantas nativas. Ao lado do bosque, ainda existe o pomar no local. O projeto já tem tornado esse espaço do câmpus um ambiente mais agradável e convidativo, minimizando o estresse do dia a dia da vida universitária, acrescentou a professora
Ao longos dos últimos meses várias ações já foram realizadas no Câmpus III e fora dele. Por conta da pandemia, algumas atividades como as visitas das escolas foram suspensas, mas o projeto continuou. Recentemente a professora Lucene submeteu a proposta a um edital PROBEX com o título “Aplicação e Socialização da Metodologia da Economia Criativa e da Produção mais limpa na infraestrutura do Humaniza Bosque”.
Além da professora Luciene Vieira de Arruda e do professor Antônio Belarmino Alves, participaram da criação do projeto as professoras Ivonildes da Silva Fonseca, atual vice-reitora da UEPB, e Cléoma Maria Toscano Henriques, bem como, os professores Amarildo Henrique de Lucena, Belarmino Mariano Neto, Ivanildo Costa da Silva, Ramon Santos Souza e Leandro Paiva do Monte Rodrigues.
O homenageado
O professor Carlos Belarmino Alves era casado com a professora Auricélia Alustau e deixou quatro filhas que deverão estar presentes na homenagem. Natural de Natal (RN), Belarmino desempenhava suas funções docentes no Câmpus III há mais de 30 anos, como profissional dedicado, além de uma pessoa extremamente positiva e que tinha como marca registrada o zelo com sua atividade docente.
Formado em Tecnólogo de Nível Superior em Cooperativismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e em Licenciatura Plena em Geografia pela UEPB, ele deixou um legado de busca pela construção de um mundo melhor, acreditando que a boa ciência deve ser utilizada para o bem, respeitando as tradições dos povos.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Divulgação
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