Projeto Zika UEPB inicia nova fase de controle às arboviroses com realização de oficinas e produção de repelentes

Projeto Zika UEPB inicia nova fase de controle às arboviroses com realização de oficinas e produção de repelentes
3 de novembro de 2020

Após as fases de implantação dos laboratórios vivos e formação de professores, técnicos e agentes de saúde, o projeto Zika UEPB, desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba, entrou na fase de experimentação com a produção de repelentes naturais elaborados a partir das plantas dos canteiros das hortas orgânicas do projeto.

Nessa fase, o projeto Zika UEPB pretende promover uma série de oficinas de repelentes naturais para o combate ao Aedes aegypti. Para isso, professores, técnicos, agentes de combate a endemias e a direção da Escola Municipal José Mariano, no Distrito Bom Jesus, no Junco do Seridó, participaram da primeira oficina de repelentes naturais ministrada pelo engenheiro agrônomo Walter Vasconcelos. Na ocasião, foram produzidos repelentes a base de citronela.

A atividade, conforme explicou o professor Cidoval Morais, coordenador do projeto, tem uma dimensão pedagógica, visto que os participantes tornam-se replicadores na comunidade. Eles já estão aptos a produzirem os repelentes, fazendo uso dos canteiros do Laboratório Vivo, como também das plantas que já possuem em suas casas, adquiridas na campanha “Adote uma planta Repelente”, que tem distribuído mudas repelentes entre a comunidade do Distrito Bom Jesus.

Os repentes de citronela produzidos durante a oficina foram distribuídos entre os participantes e a comunidade escolar. Do ponto de vista da educação socioambiental, a proposta enfatiza que é possível promover saúde pública com a integração entre saúde e educação, universidade e sociedade.

A primeira oficina aconteceu na unidade do Junco do Seridó, com participação de oito pessoas. O projeto doou todos os equipamentos (liquidificador, peneiras, funis, baldes, frascos, etiquetas) utilizados na oficina para a escola, para que eles possam oferecer outras oficinas. “Nós já fizemos a fase de implantação dos laboratórios, a fase de treinamentos, e estamos na fase de aprofundar a experimentação, produzindo repelentes”, explicou o professor Cidoval.

Cidoval ressalta que os repelentes foram distribuídos com os professores e com os pais dos alunos. A proposta é que na próxima remessa de repelentes naturais sejam disponibilizados aos agentes de saúde, para que eles entreguem nas comunidades, durante as visitas.

O projeto Zika UEPB tem avançado em suas etapas. Inicialmente, o projeto realizou uma mobilização da comunidade e, em seguida, iniciou o plantio e cultivo de mudas de plantas repelentes nas três unidades do laboratório, nas cidades de Tenório, Junco e Olivedos. Já a terceira fase começou, efetivamente, com a expansão dos laboratórios, através do cultivo e distribuição das mudas às comunidades para reprodução. Agora, o projeto chega a quarta etapa, com o aprofundamento dos experimentos e enfrentamento do combate ao mosquito.

Texto: Severino Lopes
Fotos: Divulgação