Projetos “Anti-horário” e “Luz Negra” apresentam resultados na 2ª Semana de Educação Midiática

31 de outubro de 2024

Na manhã desta quarta-feira (30), o “Luz Negra” e o “Anti-horário”, projetos de extensão do curso de Jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), participaram da 2ª Semana de Educação Midiática – Conectando Diversidades e Territórios, promovida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR), em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

A programação segue até esta sexta-feira (1º), com transmissão on-line no canal SecomVc, no Youtube. Na ocasião, Gabryele Martins e Nathália Aguiar, estudantes do 8º período do curso de Jornalismo, representaram os respectivos projetos, onde são bolsistas, no webinário “Dando voz a quem faz”, no eixo Práticas de Jornalismo na Escola.

Iniciativas de outros estados também participaram do debate: Coar Notícias (Piauí), Afonte Jornalismo de Dados (Rio Grande do Sul) e Vaza Falsiane (São Paulo). A mediação foi de Daniela Machado (EducaMídia) e Gabriela de Almeida (Redes Cordiais), com a participação de Wesley Messias, representando a Coordenação- Geral de Educação Midiática (CGEM) da Secom/PR. A oficina “Práticas de Jornalismo na Escola está disponível no YouTube.

Os projetos “Luz Negra”, coordenado pelo professor Rostand Melo, e o “Anti-horário”, coordenado pelo Professor Antônio Simões, foram selecionados entre 500 ações de educação midiática inscritas, pelos trabalhos desenvolvidos em escolas da rede pública de ensino de Campina Grande e região.

A estudante Gabryele Martins, bolsista do “Luz Negra”, que desde 2018 tem ações que visam a promoção e o fortalecimento do debate antirracista, além de auxiliar o ensino da cultura afro-brasileira nas escolas, comentou na ocasião: “O trabalho que desenvolvemos é muito importante porque é de conhecimento geral que embora esteja na lei, o ensino de cultura afro-brasileira nem sempre é contemplado no cronograma escolar. Assim a gente, através da comunicação, busca mediar debates sobre racialidade, racismo e luta antirracista, incentivando os alunos a participarem do diálogo, ao mesmo tempo que introduzimos a linguagem fotográfica aos estudantes, de modo que eles criem as próprias fotografias, dentro da temática das oficinas”, disse.

A estudante Nathália Aguiar, representante do “Anti-horário”, projeto de extensão criado também em 2018, com o propósito de propagar boas ações de transformação social através do Jornalismo de Soluções, encerrou o webinário com uma explanação do trabalho desenvolvido pelo grupo em parceria com a Feira Literária de Campina Grande (FLIC) em escolas públicas do município.

Ela exaltou a relevância do evento e da abertura concedida às iniciativas de todo o país, para mostrarem o que estão produzindo, em especial o que ela participa. “A educação midiática é uma necessidade da sociedade contemporânea e que bom que diversas ações e projetos estão sendo desenvolvidos nesse sentido. Fazer parte deste diálogo, que particularmente acredito tanto, com o Repórter Literário, uma ação linda da FLIC que conta com a parceria do Desafio Anti-horário, é grandioso! A sensação é de dever cumprido por apresentar conhecimentos tão importantes para a formação social do indivíduo, que é saber estar na mídia, produzir mídia e também saber ser crítico da mídia, de uma forma legal, interativa e criativa, envolvendo outras técnicas e desenvolvendo diversas habilidades”, comentou Nathália.

Os projetos “Luz Negra” e “Anti-Horário” estão vinculados à Pró-reitoria de Extensão (PROEX), por meio do edital 01/2024 para a cota 2024/2025. Em maio deste ano, o Luz Negra venceu o prêmio Intercom de Comunicação para a Transformação Social.

2ª Semana Brasileira de Educação Midiática
Como diferentes realidades e contextos, desde os grandes centros urbanos até as comunidades tradicionais define a nossa experiência com a informação nos meios digitais? Dando continuidade à primeira edição realizada em 2023, a 2ª Semana Brasileira de Educação Midiática é uma celebração das diversidades presentes nas iniciativas de educação midiática em todo o Brasil, segundo a Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal.

Neste mês de outubro, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) também promove a Semana Global de Alfabetização Midiática e de Informação, realizada pela 13ª vez em 2024. Integridade da informação, jornalismo, mudanças climáticas e direitos no ambiente digital estiveram na pauta este ano.

Texto: Gabryele Martins (Estudante)
Fotos: Reprodução