Roda de conversa aborda desafios e perspectivas na criação do Arquivo Central da Universidade Estadual
“A trajetória da criação do Arquivo Central da Universidade Estadual da Paraíba: desafios e perspectivas”, foi o nome da roda de conversa que abriu a participação da UEPB na 6ª Semana Nacional de Arquivos (SNA). A atividade aconteceu na tarde desta quarta-feira (08), no Auditório da Biblioteca Central, Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande.
O evento foi aberto oficialmente pela vice-reitora, professora Ivonildes Fonseca, que comentou que é a primeira vez que a Universidade Estadual participa da Semana Nacional de Arquivos representada pelo Arquivo Central, uma vez que o setor passa a existir oficialmente em 2021. A professora Ivonildes destacou a importância da implementação de políticas arquivísticas na Instituição, que, entre outros, também busca preservar a memória institucional.
A 6ª SNA teve início em 6 de junho, com participação ainda do curso de graduação em Arquivologia e Projeto Seminário de Saberes Arquivísticos (SESA). Nesta quarta-feira (8), a roda de conversa foi mediada pelo professor de Arquivologia, Josemar Henrique de Melo, com participação dos arquivistas da Instituição, Hilza Cavalcante, Marília Ribeiro, Rafael Melo e de Esmeralda Porfírio, também docente de Arquivologia e coordenadora do Arquivo Central da UEPB.
Hilza Cavalcante começou sua fala traçando uma trajetória do seu trabalho enquanto primeira arquivista da UEPB, em 2008, quando os documentos da Instituição careciam de organização e locais apropriados. Com o tempo, a equipe, que no início era formada somente por duas pessoas, foi crescendo, assim como o espaço e a sistematização dos arquivos, com a aquisição de estantes e equipamentos adequados. “A função do arquivista é um fazer intelectual, além de guardar arquivos. É arquivar e fazer a gestão de documentos. É saber organizar os arquivos para poder procurá-los e dar uma resposta a uma requisição”, afirmou Hilza.
A arquivista relatou que sua trajetória na UEPB incluiu a pavimentação de um caminho que continuou sendo construído e seguido por colegas que vieram posteriormente, que trilharam esses e outros desafios para a construção do que viria a ser o Arquivo Central da UEPB. “A Universidade tem 56 anos e, destes, 55 anos foram sem o arquivo central”, disse em seguida, Marília Ribeiro, arquivista da UEPB que se graduou em Arquivologia na Instituição. A profissional comentou um pouco do processo que levou a Universidade a oficialmente criar seu Arquivo Central em 2021. Antes desta culminação, houve o processo de criação da Comissão Permanente de Avaliação Documental (CPAD), relatado pelo seu colega arquivista, Rafael Melo.
A CPAD, criada em 2016, trouxe a problemática discutida no Seminário Nacional de 2019: o que fazer com mais de cinco décadas de documentos produzidos, recebidos e acumulados pela UEPB? As discussões sensibilizaram a gestão da Universidade à época, iniciando os trabalhos para a elaboração da resolução que implementa o Arquivo Central em 2021.
Fechando as reflexões da tarde, após a exposição dos desafios, a professora Esmeralda Porfírio trouxe algumas perspectivas futuras para a gestão do Arquivo Central da UEPB. Assim, como foi relatado pelos profissionais da mesa, compreensões vindouras devem lidar com o gerenciamento dos arquivos digitais que já são produzidos em grande volume atualmente. Estão em perspectiva mais colaboradores e arquivistas, mais espaço físico, realização de estágios com os estudantes de Arquivologia do Câmpus V, colaboração com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) para a gestão de processos eletrônicos e repositórios para preservação de documentos.
A 6ª Semana Nacional de Arquivos segue até o sábado (11) e a programação completa pode ser vista aqui.
Texto e fotos: Juliana Rosas
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