Serviço Social da PROGEP apresenta demandas e perfil das mulheres mães, gestantes e lactantes da UEPB
A valorização e cuidado com as servidoras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no intuito de promover programas institucionais, os quais contribuam para melhoria da qualidade de vida destas e de suas famílias. Com esse olhar diferenciado, sensível às demandas de professoras, técnicas administrativas e estudantes mães, motivou a realização da “1ª Oficina “Maternidade na Universidade”, e a “Roda de diálogo”, realizadas na manhã desta terça-feira (24), pelo Setor de Serviço Social da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP).
O evento, ocorrido no Auditório do Departamento de Psicologia, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Câmpus I, fez parte do conjunto de ações que a Instituição está realizando dentro da programação do mês do servidor. A oficina, destinada a servidoras mulheres e mães, gestantes, lactantes ou com filhos na primeira infância, lotadas no Câmpus I, foi aberta em clima de confraternização e com um café coletivo. As boas-vindas às participantes foram dadas pela pró-reitora de Gestão de Pessoas, Ana Paula Lima.
A pró-reitora destacou a relevância da iniciativa e a preocupação da gestão em implementar políticas que valorizem e reconheçam o valor das servidoras e discentes mães da Universidade. Ela enfatizou que a ação faz parte do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2022-2025 da UEPB, e em alusão ao Mês do Servidor, com olhar voltado para o cuidado das servidoras que são mães da Instituição.
Como psicóloga e mãe, ela ressaltou que a maternidade atravessa o trabalho e vice e versa. “É exatamente por entender que há uma relação bem dissociável entre trabalho e maternidade que a gente pensa em discutir a maternidade neste contexto de como conciliar o ser mãe com o trabalho”, explicou.
Como forma de avançar ainda mais nessa política e descobrir quais as principais demandas das gestantes e lactentes, a PROGEP, em parceria com o Programa de Extensão “Rede Materna”, realizaram um levantamento inédito em todos os câmpus da Instituição. O resultado foi apresentado pelas assistentes sociais, Juliana Grangeiro Sales Bezerra e Albertina Felix da Cruz. Foram apresentados os resultados do mapeamento das servidoras, mulheres e mães, gestantes, lactantes ou com filhos na primeira infância, bem como as sugestões de ações e necessidades identificadas pelas servidoras mães para melhor apoio a maternidade na UEPB.
Apesar do avanço da implementação de políticas de assistência às servidoras, algumas demandas ainda existem na Instituição, conforme apontou o levantamento. Juliana Grangeiro citou algumas solicitadas pelas servidoras, como a construção de uma creche universitária e uma brinquedoteca para que mães e estudantes possam trazer suas crianças durante algumas questões pontuais, além da possibilidade de um auxílio à maternidade, entre outras questões.
Também faz parte das demandas a construção de um espaço destinado para fraldário para atender as mães impossibilitadas de deixar as suas crianças em casa. “São demandas estruturais, de sensibilização e reais. A gente entende que o cuidado passa pelo olhar de integralidade com a servidora, de forma ampliada”, disse.
Sobre o perfil das mães servidoras da UEPB, o levantamento mostrou que a maioria delas são técnicas administrativas e professoras substitutas. O mapeamento foi feito em todos os setores da Instituição e a PROGEP obteve o retorno de 103 respostas. A maioria dessas servidoras está no CCBS, Centro de Ciências e Tecnologias (CCT), Ciências, Tecnologia e Saúde (CCTS) e na própria Pró-reitoria de Gestão de Pessoas.
“A nossa intenção é ir além de um momento comemorativo do Dia do Servidor. Mas é de trazer a problematização e a importância de tratar esse tema na Instituição, dando visibilidade às demandas existentes hoje, de apoio a essas mães e estudantes servidoras”, acrescentou.
Após a apresentação do mapeamento, aconteceu a Roda de diálogo “Ser mãe na UEPB, para contextualizar os dados. Essa atividade foi conduzida pelas professoras do Programa de Extensão Rede Materna, Kathleen Elane Leal Vasconcelos, do Departamento de Serviço Social; Sibelle Maria Martins de Barros, do Departamento de Psicologia; e Mayara Evangelista de Andrade, do Departamento de Enfermagem.
A professora Kathleen Elane Leal Vasconcelos falou sobre a dádiva e o desafio que é ser mãe, com foco em conciliar maternidade e trabalho. Ela também tratou com as servidoras das estratégias utilizadas no cotidiano, bem como procurou saber quais as iniciativas necessárias para a inclusão de todas. Emanuelle Albuquerque é estudante de Biologia e mãe. Ela destacou a importância da iniciativa e ressaltou que com esses eventos a UEPB dá um olhar especial para as servidoras e discentes como forma de melhorar a qualidade de vida e a produção de trabalho e na acadêmica.
O evento foi concluído com a formação do Grupo de Trabalho “Maternidade na UEPB”, com integrantes da PROGEP, da Comissão Interdisciplinar de Atenção Integral à Saúde e Segurança do Trabalho (CIAST) e Diretório Central dos Estudantes (DCE). As atividades com essa temática seguem no dia 27 com a “2ª Roda de Diálogos: acolhimento e cuidado com quem cuida”, a ser realizada no Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA), Câmpus V, em João Pessoa.
Texto e fotos: Severino Lopes
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