Simpósio de Ecologia apresenta projetos de laboratório e debate sobre soluções para problemas ambientais
Em tempos de aquecimento global, alterações climáticas e degradação ambiental, a realização de debates que visem promover a conservação ecológica com objetivo de minimizar os danos ambientais é sempre oportuna, como consta nos parâmetros da Agenda 2030. Com essa preocupação, o Laboratório de Ecologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), vinculado ao Departamento de Biologia, deu início na segunda-feira (25) e se estende até esta quarta-feira (27), o 1º Simpósio de Ecologia EcoTropics.
Com a proposta de promover “reflexões sobre o papel humano na conservação ecológica”, o Simpósio surgiu como forma de divulgar os projetos e ações do Laboratório de Ecologia da UEPB, além de procurar mostrar como as pesquisas realizadas na Instituição na área ambiental podem garantir resolutividade para alguns dos problemas que afetam a humanidade.
Destinado a estudantes de graduação do curso Ciências Biológicas, Agroecologia, Agronomia, Engenharia Ambiental, bem como, do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPGEC), e do Programa de Pós-graduação em Ciências Agrárias (PPGCA), o evento foi aberto oficialmente na manhã desta terça-feira (26), no Auditório do Departamento de Psicologia.
A abertura contou com a presença da diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Nícia Stellita da Cruz Soares; da chefe de Departamento de Biologia, professora Maria Avany Bezerra Gusmão; do coordenador do Laboratório, professor Sérgio de Faria Lopes; da coordenadora do Programa Ciência na mesa, na sala e no quintal, professora Ana Paula Bispo; e o representante do PPGEC, professor André Luiz Machado. O evento também faz parte de um projeto de divulgação científica chamado “Enquanto Ciência”.
Embora o Simpósio tenha sido aberto nesta terça, as atividades começaram na segunda (25) com minicursos e mesas-redondas distribuídos no CCBS e na Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, no Câmpus I. Mais de 300 estudantes estão inscritos(as) no Simpósio, principalmente nos 20 minicursos ministrados por professores da UEPB e convidados.
Ao abrir oficialmente o Simpósio, a professora Nícia Stellita da Cruz Soares deu as boas-vindas aos(as) participantes e enfatizou a importância do evento que surgiu para divulgar as pesquisas e ações realizadas pelo Laboratório de Ecologia. A chefe do Departamento, professora Avany Gusmão, também destacou a preocupação do Laboratório de Ecologia em buscar soluções para temas atuais e que exigem ações urgentes como forma de promover um meio ambiente melhor para se viver no futuro.
“Esse é um evento de grande porte que traz a comunidade acadêmica junto com professores, pesquisadores que estão agregados a essa proposta para discutir a problemática do nosso ambiente”, disse. Ela acrescentou que o Simpósio tem sido um espaço de suma importância para discutir aspectos relativos à ecologia vegetal, à ecologia integrativa e os aspectos da etnoecologia, que enfoca a preocupação do homem com o meio ambiente.
A palestra de abertura, “Reflexões sobre o papel humano na conservação ecológica”, foi ministrada pelo professor Sérgio Lopes. Ele discorreu sobre como tem sido a relação entre o homem e a natureza, levando em consideração uma série de fatores que têm causado impacto na humanidade, a exemplo das mudanças climáticas. O professor Sérgio destacou que as pesquisas científicas ganham valor quando são transformadas em ações concretas que ajudam a resolver problemas da humanidade nas mais diversas áreas do conhecimento.
Em sua fala ele procurou destacar como o ser humano, de uma forma geral, tanto negativa quanto positiva, pode interferir na conservação da natureza. Mudanças climáticas, processos de desertificação, educação ambiental e o papel do ser humano no processo de restauração do ambiente, foram pontos abordados pelo professor. Em tempos de desequilíbrio ambiental, os desafios nessa área são imensos e constantes, conforme destacou. “Apesar de muito conhecimento já sobre isso, a gente ainda tem muitos desafios, principalmente na área de educação e consciência ambiental”, observou.
O professor Sérgio lembrou que hoje o laboratório pesquisa a Caatinga no que diz respeito a parte de ecologia vegetal, a etnobotânica, que também tenta entender a relação do conhecimento tradicional das pessoas, do sertanejo com a botânica, bem como a ecologia teórica, sobre ecopsicologia, ética ambiental. O Simpósio segue até esta quarta-feira (27), quando acontece a palestra de encerramento e atividades culturais na Central de Integração Acadêmica Paulo Freire.
Texto e fotos: Severino Lopes
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