Simpósio de Química Medicinal promovido pela UEPB e UFPB é realizado com palestrantes do Brasil e França
Uma oportunidade de troca de experiências e de agregar novos conhecimentos sobre o desenvolvimento de fármacos para tratar doenças negligenciadas, o 2º Simpósio Brasil França de Química Medicinal reuniu mais de 200 pessoas, entre profissionais e estudantes de graduação, pós-graduação e de ensino médio da Rede Pública Estadual da Paraíba, que estiveram em João Pessoa entre os dias 26 e 28 de outubro para acompanhar as palestras, debates e apresentações de trabalhos que integraram o evento.
O evento reuniu os principais pesquisadores de doenças negligenciadas do Brasil e França para dialogar sobre o desenvolvimento de novos medicamentos para patologias causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, tais como: leishmaniose, toxoplasmose, doença de chagas.
De acordo com o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa e um dos organizadores do evento, professor Francisco Jaime Mendonça Júnior, o Evento buscou as possibilidades de interação e colaboração entre universidades brasileiras e francesas, contribuindo para a internacionalização em particular dos Programas de Pós-Graduação, e permitindo o estabelecimento de novos projetos em parceria, que permitam a troca de experiências e a futura mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores.
A parceria intermediada pelo professor Francisco Jaime entre a UEPB, por meio do trabalho desenvolvido no âmbito do Laboratório de Síntese e Vetorização de Moléculas (LSVM) do Campus V, Universidade Federal de Pernambuco e Universidade de Nantes, na França, tem possibilitado a troca de saberes e a realização de intercâmbio de docentes e discentes. A professora da Universidade de Nantes, Isabelle Ourliac-Garnier, afirma que essa parceria entre pesquisadores do Brasil e França é uma ótima oportunidade para socializar o conhecimento sobre doenças negligenciadas nestes locais. É o que atesta o professor da Universidade de Nantes, Pascal Marchand, conferencista de abertura do evento.
“Em 2015 iniciamos a colaboração com o Brasil quando começamos a trabalhar com doenças negligenciadas em Nantes, na França, com estudos de Leishmaniose. E houve interesse aqui para trabalhar com parasitas, não só com leishmanioses mas com doença de chagas e foi a primeira conexão entre os dois grupos, nós trabalhamos muito bem juntos. Nós fizemos um programa de aperfeiçoamento, foi um sucesso e aí depois da pandemia nós obtivemos uma segunda atualização, porque acredito que é importante misturar as expertises de áreas como as ciências biológicas e a química. Além disso, permite que estudantes de doutorado e pós-doutorado viajem até a França e possamos fazer essas conexões que são importantes, assim como estar nesse evento é importante não somente para a ciência, mas, para a fraternidade, o intercâmbio entre as culturas, com certeza é muito mais que a ciência e isso é muito importante para nós”, avalia Pascal.
Realizado de forma presencial o Simpósio foi organizado pelos coordenadores do projeto do Centro de Excelência em Design de Moléculas de Interesse Farmacológico para Doenças Negligenciadas, vinculado ao Programa de Apoio aos Núcleos de Excelência (PRONEX) da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba, e Desenvolvimento de novas moléculas com potencial anti-leishmania, que integra o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Essa iniciativa também contou com o apoio de quatro Programas de Pós-Graduação em: Ciências Farmacêuticas (PPGCF) e Química (PPGQ), da Universidade Estadual da Paraíba; Produtos Bioativos Naturais e Sintéticos (PPGPNSB/UFPB) e Química (PPGQ/UFPB) da Universidade Federal da Paraíba e patrocínio da Cooperativa de Crédito Sicredi Creduni, Cachaça Volúpia, Grupo Biotec e Ficol, produtos para laboratórios.
Texto e fotos: Juliana Marques
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