Solenidade de Colação de Grau encerra semestre letivo 2022.1 no Centro de Ciências Humanas e Agrárias
Se toda caminhada começa com o primeiro passo, como disse o poeta, o término, após um longo percurso marcado por desafios, superações e sonhos é sempre uma vitória. E quando essa caminhada é realizada em uma região seca, em meio às intempéries climáticas e ao enfrentamento de uma pandemia, a conquista tem um sabor ainda mais especial.
Foi com esse sentimento e na certeza de que o solo sertanejo também é fértil e pródigo para fazer brotar grandes profissionais, que o Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus IV localizado em Catolé do Rocha, entregou à sociedade novos profissionais devidamente formados.
A solenidade do semestre letivo 2022.1 foi realizada na manhã desta quinta-feira (25), no auditório do CCHA e se tornou a última oportunidade nesta etapa da vida dos formandos para reunir em um mesmo espaço professores, coordenadores de curso e seus familiares. Ao todo, 28 formandos colaram grau acadêmico, sendo quatro do curso de Agronomia e 24 de Letras.
Presidida pela reitora da UEPB, professora Celia Regina Diniz, a Assembleia Solene foi um momento especial para os formandos, os familiares e para a UEPB que entregou à sociedade novos profissionais éticos, críticos e comprometidos com a transformação social. Também compuseram a mesa o diretor do CCHA, professor Edivan da Silva Nunes Júnior; o diretor adjunto, professor Jairo Bezerra Silva; o diretor da Escola Agrotécnica do Cajueiro, professor Ademilton Vieira Damaceno; a professora Maria do Socorro Pinto, coordenadora adjunta do curso de Agronomia; e o professor Rafael José de Melo, coordenador do curso de Letras.
A emoção começou a tomar conta do auditório logo após a entrada das congregações de professores. Em seguida foi realizado o juramento, prestado pela formanda Jordana Alves Elias, do curso de Licenciatura em Letras. Concentrada e sabendo da responsabilidade, ela conduziu a leitura repetida por todos os concluintes para exercer a profissão com dignidade, compartilhar as experiências e saberes, lutar por um Brasil mais justo e reverenciar a UEPB.
Com auditório cheio, professores atentos e familiares em estado de júbilo e orgulhosos, a oradora oficial das turmas, a formanda Raísa Flávia Dutra, do curso de Licenciatura em Letras, fez um discurso emocionado. Inicialmente, ela destacou alguns dos desafios enfrentados ao longo da jornada acadêmica. Enfatizou que a caminhada foi árdua, marcada por inúmeras dificuldades, mas gratificante. Medo, provações, incertezas, esgotamento, superação e o turbilhão de sensações que brotaram na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) marcaram o discurso da oradora.
Adiante, ela disse que todos os concluintes chegaram ao ápice da jornada com a sensação dos vencedores, visto que em meio a todas as dificuldades, conseguiram concluir a jornada e conquistar o sonho do curso superior. A oradora destacou ainda em seu discurso que muitos amigos, familiares e os pais tiveram papéis importantes em todo o percurso. “Os nossos dias na Universidade foram fundamentais para a nossa formação. É através da educação que podemos transformar a realidade”, disse.
Ela também prestou uma homenagem aos professores pela bela e sublime missão na arte de transmissão do saber e do conhecimento. Segundo a oradora, os docentes cumpriram seus papéis com excelência e maestria, tornando a caminhada mais leve nesta jornada de conquista.
Conduzido à mesa de honra por uma Comissão formada pelos estudantes Dhayane dos Santos Souza, do curso de Agronomia e José Lima de Araújo, do curso de Letras, a paraninfa geral das turmas, a professora Dalila Regina Mota de Melo, fez um discurso emocionante. Ela agradeceu a homenagem e desejou êxito aos formandos na nova jornada. A professora Dalila disse que era uma honra e uma grande responsabilidade ter sido escolhida como paraninfa.
A homenageada lembrou de sua missão como educadora e toda a sua formação acadêmica no CCHA. Como professora apaixonada pela profissão, disse que a sala de aula é encantadora e procurou inspirar os demais formandos. Ao referir-se aos graduandos, a paraninfa destacou que a caminhada na UEPB foi marcada por muitos momentos que devem ficar gravados nos corações e memórias de todos, que agora, ao encerrar esse ciclo, partem para uma nova etapa da vida.
Para a professora, respeito e liberdade são pilares essenciais para o cidadão se tornar um bom profissional e exercer suas atividades com dignidade. Como conselho, lembrou que o conhecimento é uma fonte inesgotável e que o profissional precisa se abastecer sempre para enfrentar o concorrido e exigente mercado de trabalho.
Pró-reitor de Graduação, o professor Eli Brandão fez uma reflexão sobre a caminhada dos formandos e enfatizou que a solenidade de Colação de Grau é sempre um momento especial, celebrativo, simbólico e que se constitui um rito de passagem e iniciação. Reforçou que este ano, realizado a cada final de semestre, se apresenta também como um caráter de prestação de contas à sociedade paraibana que a mantém a UEPB na condição de universidade pública. Ele ainda defendeu investimentos na universidade pública e fez menção ao modelo de ingresso nestas instituições plenamente democrática e inclusiva sendo que na UEPB, cerca de 70% são egressos de escola pública, e a grande maioria da Paraíba.
Eli Brandão ainda acrescentou que a UEPB neste semestre entrega à sociedade 858 novos profissionais qualificados, dos quais 28 são do Câmpus IV. O pró-reitor aproveitou o seu discurso para lembrar que o momento é de reflexão e preocupante para a sociedade devido à crise que o país enfrenta, com ataques às universidades públicas. Segundo alertou, são tempos difíceis de negacionismo da ciência, do culto à estupidez como virtude, falácias e ações que ameaçam a biodiversidade, as instituições republicanas e democráticas e as universidades públicas.
“Sem universidades públicas, ficam sob ameaça o compromisso com uma formação profissional cidadã e crítica, bem como a pesquisa comprometida com a ética e o bem-estar humano, pois os interesses passam ser unicamente os do lucro do mercado”, destacou.
A reitora Celia Regina Diniz também fez um belo discurso e parabenizou os formandos pela perseverança, resiliência e determinação na caminhada vitoriosa. Nesta solenidade ela destacou que estas cerimônias se revestem e têm muito significado, sendo a realização de um sonho e um momento de celebração. Celia Regina reafirmou que a Colação de Grau é um momento especial para os formandos, familiares e para a UEPB, que durante toda a jornada de formação dos estudantes a Instituição sempre trabalha pelo desejo de ter uma educação humanizadora, transformadora, inclusiva e libertadora em que a prática pedagógica possa despertar a reflexão crítica em cada um dos formandos.
Com olhar atento e afetuoso para os formandos, Celia ainda reforçou que a Colação de Grau representa para a UEPB a entrega de cidadãos e cidadãs éticas, qualificadas para o exercício profissional e capazes de construir uma sociedade justa, solidária e fraterna. Ela também fez menção aos desafios e perdas pela pandemia, mas destacou o importante trabalho da ciência na fabricação da vacina que possibilitou a imunização do vírus.
O momento de coroação da caminhada acadêmica dos 28 concluintes foi a cerimônia de conferência do grau acadêmico. A formanda Dhayane dos Santos Souza, do curso de Ciências Agrárias, colou grau em nome da turma, conferido pela professora Maria do Socorro, coordenadora adjunta do curso. Na sequência, foi a vez do concluinte José Lima de Araújo, do curso de Letras, colar o grau conferido pelo professor Rafael José de Melo, coordenador do curso. A solenidade foi encerrada de forma festiva, e com os novos profissionais devidamente formados.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Paizinha Lemos
Você precisa fazer login para comentar.