UEPB ministra treinamento sobre processo de construção de dessalinizador solar para ONG de Pernambuco
Entre os dias 4 e 5 e de 18 a 20 de outubro a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em parceria com a APA (Associação de Profissionais em Agroecologia), ONG formada por egressos dos cursos de Agroecologia do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), Câmpus II, localizado em Lagoa Seca, ministraram um treinamento de construção de dessalinizador solar para técnicos da “Caatinga”, Organização Não Governamental que atua na região do Semiárido do Estado de Pernambuco.
O dessalinizador solar é uma tecnologia social desenvolvida no âmbito da UEPB, através do projeto de extensão rural “Pesquisa ação participativa”, sob coordenação do professor Francisco José Loureiro Marinho, do curso de Agroecologia. O projeto, iniciado há mais de 10 anos, tem sido baseado nas atividades de extensão, mas caminha lado a lado com a pesquisa e o ensino. Ele tem o objetivo produzir água potável através da dessalinização solar da água de poços para atender comunidades rurais residentes no Semiárido brasileiro, proporcionado inúmeros benefícios socioeconômicos e ambientais.
Os dessalinizadores solar apresentam baixo custo de implantação e manutenção, possibilitam segurança hídrica através do fornecimento de água potável, promovem a transformação social frente a gestão dos recursos hídricos locais, utiliza a energia solar (limpa e renovável) para a promoção de água potável, além de possibilitar a convivência com o Semiárido. Este equipamento é uma tecnologia de fácil construção, o que favorece sua disseminação social. Também é de baixo custo, o que possibilita seu uso individual ou coletivo, e não causa impactos ambientais.
Até outubro de 2021 foram construídos 207 de dessalinizadores solar através de diferentes projetos, beneficiando agricultores das cidades de Remígio (10 unidades), São Vicente do Seridó (10 unidades), Cubatí (4 unidades), Pedra Lavrada (4 unidades), Caraúbas (70 unidades), Monteiro (10 unidades), Camalaú (30 unidades), Santa Luzia (24 unidades), Soledade (10 unidades), Cuité (20 unidades), Campina Grande (5 unidades), Caturité (5 unidades), além de Sanharó (PE) (5 unidades).
Devido à carência de água de boa qualidade, as populações são forçadas a consumirem águas com elevados níveis de contaminação biológica e química, com consequentes danos à saúde. Somado a isso, as populações rurais locais não detém o tratamento de água e esgoto. Assim, o dessalinizador solar surge como um meio para um fim a um problema de décadas na região do Semiárido. Por utilizar a energia solar, ele contribui para fornecer água potável a famílias que convivem com a escassez de água de boa qualidade.
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