Universidade Estadual da Paraíba realiza últimos ajustes para início das atividades do Biotério da Instituição
Empenhada em oferecer os melhores serviços para a formação de seus alunos, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está muito próxima de dar início a mais uma atividade de ensino, pesquisa e extensão para os cursos da área de Saúde. O Biotério da Instituição, localizado ao lado do Departamento de Educação Física (DEF), no Câmpus de Bodocongó, está em fase de últimos ajustes para receber estudantes, professores e pesquisadores do estudo da vida, reprodução e manutenção de animais irracionais. A expectativa é que a partir do mês de outubro o local já esteja pronto para o início das pesquisas.
A responsável pela gestão do Biotério da UEPB será a Biotec, empresa especializada na gestão desses equipamentos que têm como função os estudos para o avanço da ciência, como a produção de vacinas responsáveis pela erradicação de várias doenças a exemplo da raiva, tétano, sarampo, difteria, entre outras. Os alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Odontologia e Psicologia poderão participar diretamente dos projetos científicos que serão desenvolvidos no local. De acordo com o professor Carlos Meneses, coordenador geral de pesquisas da UEPB, todas as atividades realizadas no Biotério acompanharão fielmente as diretrizes de segurança.
“Os protocolos exigidos pelos organismos sanitários são muito rigorosos e nós vamos seguir todas as recomendações. Nosso Biotério tem certificação internacional, além da autorização do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA). Então, todos os alunos, professores e pesquisadores que forem ter acesso ao local usarão todos os equipamentos de proteção para evitar a transmissão de doenças para os animais. A empresa fornecerá à Universidade casais de animais (ratos e camundongos) dentro dos padrões de qualidade estabelecidos, ou seja, livres de agentes patogênicos”, explicou o professor Carlos.
A colônia de animais que será formada no Biotério da UEPB será a de camundongos S.P.F. (livres de agentes patogênicos especificados) que, segundo o professor Carlos Meneses, têm chegada prevista para o mês de setembro. “Uma vez que a colônia seja estabelecida no local, daremos início às atividades de pesquisa. As matrizes dos animais foram adquiridas nos Estados Unidos, por isso que demanda um tempo maior para que elas sejam entregues, mas está tudo dentro do nosso cronograma”, acrescentou.
O Biotério da UEPB tem 13 salas de trabalho, quatro vestiários, quatro higienizadores, espaço para almoxarifado e sala de máquinas. O coordenador do local, Joel Majerowicz, explicou que os animais que chegarão ao Biotério são de alta qualidade e corresponderão para o desenvolvimento científico de várias pesquisas. Ele ainda destacou que todo o trabalho feito até o momento visou a garantia sanitária do espaço, estando em prioridade a biossegurança dos animais. “Os animais residentes no Biotério são mantidos em um ambiente controlado de temperatura, luminosidade e alimentação, além de não ficarem expostos ao meio ambiente natural, visto que o contato repentino com esse meio pode resultar em contaminação do animal”, explicou Joel.
Professor Rangel Junior, reitor da UEPB, enfatizou que, com o Biotério, a Universidade poderá desenvolver pesquisas que serão certificadas e devidamente controladas em todos os sentidos, inclusive com ensaios voltados para desenvolvimento de fármacos. A ideia é que a Universidade possa, futuramente, prestar serviços a outras empresas e instituições de pesquisas.
“Percorremos um longo caminho, mas estamos perto de tornar o Biotério uma realidade na UEPB. É um ganho enorme para a Universidade e para a comunidade científica. Tudo aquilo que a Universidade Estadual da Paraíba vinha fazendo, vai passar a ser feito agora de forma bem mais cuidadosa e criteriosa e sem a necessidade de utilizar outras instituições na área da Farmacologia”, destacou Rangel. Ele acrescentou que não tem dúvidas de que a estrutura a ser inaugurada em breve vai contribuir enormemente para potencializar, qualificar e ampliar a capacidade de desenvolvimento de atividade da Universidade na ciência e na pesquisa, com resultados expressivos.
Texto: Givaldo Cavalcanti
Fotos: Mahatma Ghandi
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