Universidade Estadual da Paraíba recebe ação de conscientização ao enfrentamento à violência contra a mulher
A escalada da violência contra a mulher continua avançando e de forma preocupante. Como forma de contribuir para mudar esse cenário e devolver uma cultura de paz, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por meio do Departamento de Serviço Social e do Observatório do Feminicídio da Paraíba Bríggida Lourenço, se uniu em mais uma atividade desenvolvida pelo Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes.
A ação, realizada na manhã desta terça-feira (12), no hall da Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, no Câmpus I, teve como intuito apresentar informações que ajudem no combate, enfrentamento e prevenção à violência contra a mulher. Com o título “Centro Estadual de Referência da Mulher Itinerante”, o evento fez parte da Agenda dos 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres em 2024.
A atividade teve como objetivo sensibilizar a comunidade universitária sobre os maus-tratos contra as mulheres, meios de acolhimento, centros de referência e modos de denúncia. A mesma ação também foi planejada para ser realizada no período da noite.
Coordenadora do Centro Estadual de Referência da Mulher Fátima Lopes, Lisânia Monteiro, destacou a importância da ação que surge a partir do campo de estágio do curso de Serviço Social, com a proposta de trazer para a UEPB um espaço itinerante de debate, com foco na visibilidade ao que é a violência de gênero. Uma equipe multiprofissional formada por assistentes sociais, psicólogas, advogados e educadoras sociais também participaram da ação, tirando dúvidas de docentes, técnicas(as) administrativas(os) e estudantes. Também participaram da ação a advogada Luciana Ludiene Batista Félix e a psicóloga Luciana Meire.
“Nós estamos iniciando as ações referentes aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher e essa é a primeira ação, tendo em vista que durante todo o ano nós estamos nessa parceria com a UEPB em vários debates, junto ao Departamento de Serviço Social e ao observatório Briggida Lourenço”, destacou Lisânia Monteiro.
Durante a manhã, um stand foi montado para passar orientações à comunidade universitária sobre a violência e em especial de como as mulheres podem buscar essa rede de atendimento e de enfrentamento à violência. “Aqui, também estamos oferecendo atendimentos. Estão à disposição advogada, psicóloga e assistente social que vão atender em uma sala específica aquelas mulheres que desejarem tirar dúvidas e serem encaminhadas para o nosso serviço”, explicou.
A professora Patrícia Crispim explicou que o evento foi realizado em parceria com o Departamento de Serviço Social, devido o curso tem estágio obrigatório nessa temática. “Este evento serviu para mostrar, divulgar e socializar esse tipo de trabalho que se faz de prevenção de combate à violência contra a mulher”, explicou a professora Patrícia.
Coordenadora do Observatório de Feminicídio da UEPB, a vice-reitora da Instituição, professora Ivonildes Fonseca, destacou a importância da iniciativa. Ela enfatizou que o Observatório trabalha no sentido de fazer prevenção ao feminicídio. Para atuar nessa prevenção é preciso trabalhar no enfrentamento às diversas violências que acometem as mulheres.
“Nós estamos acompanhando o fenômeno dessa matança de mulheres. É um fenômeno que parece que não tem uma queda. Nós fazemos na verdade uma investida para que possamos mobilizar toda a sociedade para enfrentar esse terrível problema que é uma ameaça à existência das mulheres”, observou Ivonildes Fonseca.
O Brasil é o 5º país em que mais se mata mulheres, de acordo com os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024. Desde 1999, Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o dia 25 de novembro como o dia para combater a violência contra as mulheres mundialmente.
Texto e fotos: Severino Lopes
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