Universidade Estadual obtém nova patente e Inovatec registra software na área de tecnologia da saúde

8 de outubro de 2024

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) recebeu mais uma patente e registrou software junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A patente se deu no campo da inovação tecnológica, o “Produto odontológico com atividade antimicrobiana a partir de micropartículas de quitosana carregadas com extrato de Schinopsis brasiliensis”. O software registrado foi o “Sistema de Auxílio ao Diagnóstico Assistido por Computador para casos de Acidente Vascular Cerebral (SDAC-AVC)”.

O INPI deferiu o pedido de patente de número BR 102019007559-7, produto odontológico que se refere ao desenvolvimento industrial de um processo inovador para a produção de micropartículas de quitosana, que, juntamente com um cimento odontológico, apresentam propriedades antimicrobianas. O produto destaca-se por sua simplicidade e eficácia, sendo obtido a partir de cascas de Schinopsis brasiliensis – planta medicinal do semiárido brasileiro conhecida por baraúna, em combinação com excipientes farmacêuticos.

Os inventores responsáveis por este desenvolvimento são os professores Ana Cláudia Dantas de Medeiros, do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF); José Germano Véras Neto, do PPGCF e Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ); e o pesquisador Pedro Henrique Sette de Souza, estudante do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGO) na época do pedido, em 2019.

Software
O software registrado pela Coordenadoria de Inovação Tecnológica (Inovatec) é responsável por um sistema de auxílio ao diagnóstico de acidente vascular cerebral, protocolado junto ao INPI sob o Nº 512024003442-0. A tecnologia é resultado das pesquisas desenvolvidas pelo professor Robson Pequeno de Sousa, do Departamento de Computação, Câmpus I, em parceria com os pesquisadores do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes), José Alberto Souza Paulino, Aleksandro da Costa Fabrício, Luís Fernando Cunha Lopes Reis, Luís Thiago Costa Henrique, Israel André Guimarães de Almeida e Gustavo Silva Medeiros.

O acidente vascular cerebral (AVC) está entre as três principais causas de morte em vários países do mundo, cuja prevalência estimada está entre cinco e oito casos por mil habitantes. Uma vez estabelecido o diagnóstico do AVC, a terapia deve ser iniciada o quanto antes, pois existem terapias específicas a depender de sua classificação, que pode ser do tipo isquêmico ou hemorrágico.

O diagnóstico tradicional envolve interpretação de exames de imagem, que, segundo os pesquisadores, nem sempre ocorre de forma ágil em unidades de emergência do serviço público, por diversos fatores, incluindo alta demanda ou mesmo a ausência de profissionais especialistas.

Nesse contexto, algoritmos de inteligência artificial (IA) podem desempenhar um papel fundamental na classificação de pacientes com AVC e automação no processo de diagnóstico. O aplicativo SDAC-AVC, utiliza IA por meio de modelos aprendizagem de máquinas para analisar imagens de tomografia computadorizada e achados clínicos em anamnese de prontuários eletrônicos para classificar tipos de AVC. Com o uso do software, espera-se acelerar o processo de diagnóstico no contexto da emergência médica, tanto nos grandes centros como em cidades de médio e pequeno porte.