Escolinha do DEF oferece atividades remotas após parceria com Departamento de Comunicação

4 de outubro de 2021

Com mais de 20 anos de atuação, o Programa Laboratório Pedagógico, Saúde, Esporte e Lazer (LPSEL) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), também conhecido como Escolinha do Departamento de Educação Física (DEF), precisou adaptar o trabalho após a suspensão das atividades presenciais em toda a UEPB em decorrência da pandemia de Covid-19. Para isso, a Coordenação do programa buscou na parceria com o Departamento de Comunicação (DECOM) da Instituição a possibilidade de continuar com as ações que beneficiam estudantes e a comunidade em geral de forma remota.

A cooperação entre os departamentos possibilitou o compartilhamento de conteúdo sobre o projeto nas redes sociais, com aulas e dicas de atividades. O intuito é disseminar informação com qualidade para o público beneficiado, para a imprensa e para a própria comunidade acadêmica. Por meio desta parceria, estudantes do DECOm fazem um trabalho de assessoria de mídia, produzindo, editando e publicando material nas redes sociais como Facebook, Instagram, no canal do YouTube da Escolinha do DEF e no site defescolinha.wixsite.com/Ipsel.

“A gente tinha ciência que para a comunidade, principalmente o público mais jovem, que está cada vez mais próximo do meio digital, nós estávamos nos afastando. Nossas aulas não estavam atingindo essa população do jeito que deveria. E essa parceria está se fortalecendo cada vez mais com esse objetivo de nos aproximar do nosso público-alvo”, disse o bolsista do curso de Educação Física e supervisor do programa, Edson Barbosa.

Para a graduanda de Jornalismo e participante do projeto, Thaís Alves, a iniciativa também está sendo positiva, uma vez que ela oferece a oportunidade de colocar em prática os aprendizados de sala de aula. “Uma das coisas que eu mais gosto na Comunicação é poder fazer essa ponte, é poder tocar quem geralmente a gente não conseguiria alcançar se não fosse através dela”, afirma a estudante.

A coordenadora do trabalho do DECOM no programa, professora Verônica Oliveira, explicou que apesar das dificuldades em função do distanciamento social, ela também adaptou o trabalho com os alunos para fazer a cobertura do Programa. “Uma vez que nós estamos nesse período de pandemia, e outras atividades que a gente poderia realizar nesse período acabam se tornando um pouco mais complicadas, o foco da produção se dá nas redes sociais, e a gente faz todo um trabalho de assessoria”, explica a coordenadora.

A maior parte do conteúdo produzido é publicada no Instagram @defescolinha. “Como a gente está trabalhando muito no Instagram, fazemos lives, postamos stories. Estamos com um trabalho muito interessante de cobertura. São ações bem importantes, porque trabalhamos com situações reais, com uma rotina real de uma assessoria dessa natureza. E os alunos acabam tendo que lidar com a parte de produção como se estivessem em uma assessoria”, afirmou Verônica.

A participação de outros departamentos no programa já é uma realidade na escolinha do DEF. Docentes e discentes de Serviço Social, Enfermagem e Odontologia também já atuam junto ao trabalho. Com isso, o projeto de extensão evoluiu para um programa da universidade.

“Um dos primeiros departamentos que fizeram parceria conosco foi Odontologia, que trouxe higiene bucal, distribuição de kits de saúde bucal. Temos parceria também com Enfermagem, que oferece exames para as mulheres, controle dos indicadores de saúde com o pessoal da academia, primeiros socorros na piscina. Também temos parceria com Serviço Social, com levantamento social e atividades. O programa não funcionaria se não tivéssemos todas essas parcerias e apoio dos outros departamentos, assim como da Pró-Reitoria de Extensão”, disse coordenadora do curso de bacharelado em Educação Física, Anny Sionara.

Além disso, o programa também tem trabalhos voltados para a inclusão da pessoa com deficiência e pessoas com Transtorno do Espectro Autista e deve firmar nova parceria com o Departamento de Fisioterapia para atendimento a pessoas com lesão. “O programa possibilita muitos estágios para os alunos do curso e dos outros departamentos, trazendo a vivência que eles não tinham oportunidade antes com crianças que vivem em fatores de risco. Vivências que dificilmente teriam antes de terminar os seus cursos”, disse Anny.

Criado em 2000 como um projeto de extensão, a Escolinha do DEF tinha como objetivo primordial acolher e incentivar os jovens que viviam nas comunidades circunvizinhas da UEPB a participar de aulas nas quadras, pista de atletismo, musculação, sala de dança, entre outras. A ideia inicial seria ocupar o tempo ocioso desses jovens, dando-lhes a oportunidade de participarem das atividades.

Durante os mais de 20 anos de atuação a Escolinha do DEF organizou seus objetivos e evoluiu as atividades e assistência para com a comunidade a partir de três pilares: ensino, pesquisa e extensão. “No ensino atuamos com a promoção de atividades que contemplem necessidades de conhecimento dos acadêmicos, sobre temas de interesse geral, baseadas no perfil de nossa sociedade e sempre norteadas pelos princípios éticos. Com relação à pesquisa, desenvolvemos trabalhos científicos relacionados aos objetivos do projeto. E no âmbito da extensão promovemos ações que possibilitem o contato com a comunidade, a realização de práticas educativas e o compartilhamento do conhecimento através de cursos, palestras, simpósios e jornadas”, explica o professor Edson Barbosa.

Texto: Stella Costa
Fotos: Reprodução