UEPB sedia oficina com pesquisadores de referência para avaliar risco de extinção de espécies da fauna brasileira

10 de maio de 2024

Com o objetivo de reunir pesquisadores de referência da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Museu Nacional do Rio de Janeiro e técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para sistematizar as informações sobre as espécies de collembolla e avaliar o risco de extinção foi realizada, de 7 a 9 de maio, no Auditório do Câmpus V, em João Pessoa, a “Oficina de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira – Táxon Collembola”. A atividade é parte do processo de avaliação de espécies e elaboração da lista vermelha da fauna brasileira, promovida pelo ICMBio e Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA).

De acordo com o analista ambiental do ICMBio, Estevão Souza, essa oficina compreende um processo, que anteriormente era realizado a cada ciclo de cinco anos e agora ocorrerá de forma contínua, com o objetivo de atualizar os dados referentes à Táxon Collembola e analisar os riscos enfrentados, para compor uma lista das espécies em risco de extinção. A partir desse levantamento, o MMA atualiza a Lista Nacional de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

O pesquisador da UEPB que é coordenador de Táxon Collembola, Douglas Zeppelini, evidencia que as collembolas são espécies que, além do valor intrínseco no contexto da biodiversidade, contribuem para a decomposição da matéria orgânica, a ciclagem de nutrientes e a saúde dos solos. Assim, o docente evidencia que se faz necessário conhecer as ameaças às espécies para estabelecer estratégias de conservação.

Com um trabalho de referência na área de Zoologia e ênfase em Taxonomia e Filogenia de Collembola e Biologia da conservação, o professor Douglas Zeppelini é considerado um dos principais taxonomistas de colêmbolos subterrâneos do mundo. Diante disso, a UEPB consolida-se na área com uma coleção de Referência em Fauna de Solo da Paraíba (CRFS), que habilita a Instituição a receber depósitos de material sobre fauna e solo, e desde 2020, com a criação do Instituto de Biologia do Solo, o intercâmbio de pesquisadores, a atração de investimentos e a realização de pesquisas colaborativas têm sido potencializadas.

Texto: Juliana Marques
Foto: Divulgação