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Pesquisa de IC da UEPB sobre saúde mental de pessoas idosas negras conquista 2º lugar em evento nacional de Psicologia

Uma pesquisa de Iniciação Científica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) conquistou o 2º lugar na Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), realizada de 28 a 31 de outubro, em Natal (RN). O trabalho, intitulado “Saúde Mental de Pessoas Idosas Negras: uma análise da associação entre sofrimento psíquico e felicidade”, foi orientado pela professora, do Departamento de Psicologia.

O trabalho foi apresentado por Débora Castro de Freitas, bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), e laureada na categoria Prêmio Reinier Rozenstraten, destinada aos melhores trabalhos de Graduação.

A premiação foi incrível! Fiquei muito feliz. Foi a minha primeira vez no congresso da Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, e apresentar um trabalho que foi premiado foi um sentimento indescritível, principalmente por poder contribuir com uma pesquisa tão importante e significativa para a área da Psicologia e do envelhecimento humano. Foi uma grande oportunidade”, comemorou Débora.

Também assinaram o pôster Amanda Kilse Macedo da Silva, mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Saúde (PPGPS/UEPB), e os graduandos Gabriella Paulino Gomes e Lucas de Assis e Silva. Todos integram o Longeviver – Laboratório de Pesquisas em Envelhecimento Humano e Tecnologias, coordenado pela professora Josevânia e vinculado ao PPGPS/UEPB.

O estudo aponta que 38,5% das pessoas idosas negras avaliadas apresentaram indicadores de sofrimento psíquico (Transtornos Mentais Comuns), com maior impacto em sintomas somáticos e perda de energia vital. Também revelou que níveis elevados de sofrimento psíquico estão associados a menor felicidade e satisfação com a vida, e maior ocorrência de afetos negativos. A baixa renda foi um dos fatores mais relacionados ao sofrimento mental.

Segundo a professora Josevânia da Silva, os resultados reforçam a importância de compreender a saúde mental sob uma perspectiva ampla. “O estudo evidencia a importância de um olhar interseccional sobre a saúde mental da população idosa negra, reconhecendo que o sofrimento psíquico é atravessado por desigualdades sociais e deve ser compreendido para além das explicações individualizantes”, destacou.

Zélio Sales

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